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'Scanner' da íris? Espanha suspende Worldcoin (que também há em Portugal)

A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) ordenou a suspensão da atividade da empresa Worldcoin, que nas últimas semanas fez 'scanners' da íris de milhares de pessoas para recolher dados pessoais em diversos países, incluindo Portugal.

'Scanner' da íris? Espanha suspende Worldcoin (que também há em Portugal)
Notícias ao Minuto

15:06 - 06/03/24 por Lusa

Economia Worldcoin

A partir de hoje, "é ilegal" qualquer atividade da empresa que tenha como fim recolher dados pessoais em Espanha, disse a presidente da AEPD, Mar España, em conferência de imprensa em Madrid.

A AEPD tinha anunciado em 20 de fevereiro a abertura de uma investigação à atividade da empresa na sequência de quatro queixas que tinham chegado a este organismo.

A empresa começou há meses, em diversos países, a fazer imagens digitais da íris de pessoas que voluntariamente se submeteram a esse registo em troca de uma compensação em criptomoedas (uma moeda virtual usada na internet) equivalente a cerca de 70 euros.

A Worldcoin tinha argumentado que toda a informação recolhida daquela forma é anónima e que as pessoas mantêm o controlo dos dados registados.

A AEPD revelou hoje a suspensão, de forma cautelar, da atividade da empresa em Espanha, embora a investigação aberta pela agência ainda não tenha sido concluída.

A Worldcoin incorre em sanções que podem chegar aos 20 milhões de euros se continuar a recolher dados em Espanha e está obrigada "a bloquear" toda a informação que obteve até agora no país e que envolve cerca de 400 mil pessoas, segundo a AEPD.

A presidente da AEPD, Mar España, sublinhou que é a primeira vez que este organismo adota uma medida cautelar com estas características, sem conclusão de uma investigação.

Mar España revelou que as queixas que a AEPD recebeu denunciavam, entre outros aspetos, que as pessoas recebiam informação suficiente sobre aquilo a que se estavam a submeter, que estavam a ser recolhidos dados de menores de idade ou que não havia possibilidade de recuar no consentimento dado inicialmente à empresa.

Não adotar medidas cautelares "privaria as pessoas da proteção a que têm direito", afirmou a presidente da AEPD, que defendeu a suspensão imediata da atividade da empresa para evitar danos "potencialmente irreparáveis".

Mar España deixou também "uma mensagem de tranquilidade" a quem submeteu a íris ao 'scanner' da Worldcoin em Espanha, dizendo que a AEPD vai zelar para que os dados biométricos recolhidos sejam bloqueados e não possam ser usados ou cedidos.

A presidente da AEPD dirigiu-se especificamente aos mais jovens e aos menores, a quem disse que 70 euros podem "resolver um fim de semana", mas ceder dados pessoais, e sobretudo biométricos, acarreta muitos riscos, uma vez que podem ser usados para roubos de identidade ou controlos não voluntários por parte de empresas, por exemplo, acabando potencialmente por "condicionar o futuro" de uma pessoa.

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