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Estar no Governo? "Envelheci cem anos. Mas aqui na Guarda já recuperei"

A cabeça de lista socialista pela Guarda, Ana Mendes Godinho, considerou hoje que houve aumentos e verdade na relação com os pensionistas, num discurso em que disse ter envelhecido cem anos no Governo, mas já recuperou.

Estar no Governo? "Envelheci cem anos. Mas aqui na Guarda já recuperei"
Notícias ao Minuto

22:39 - 01/03/24 por Lusa

Política Eleições

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social falava num comício que encheu o pavilhão do Núcleo Empresarial da Região da Guarda, antes da intervenção final a cargo do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que elogiou pela sua "coragem e arrojo".

No seu discurso, com cerca de 20 minutos, Ana Mendes Godinho referiu-se às suas funções governativas, começando por deixar a questão se foi ou não fácil, ao longo dos últimos anos, assumir o lugar de ministra.

"Não, foi muito difícil, foi muito exigente. Eu envelheci cem anos. Mas, aqui, na Guarda, com o oxigénio, já recuperei", declarou, provocando alguns risos na plateia.

De acordo a ministra, com o PS no Governo, "houve sempre aumentos reais de salários, houve um aumento histórico do salário mínimo nacional e um aumento real dos pensionistas. E não houve mentiras, houve verdade, pagando aos pensionistas e respeitando sempre os mais velhos, os que construíram o nosso país", sustentou, recebendo uma salva de palmas.

No seu discurso, Ana Mendes Godinho referiu-se especificamente à gratuitidade das creches, medida que disse contribuir para "a libertação das mulheres na vida de trabalho e para ajudar os jovens casais a terem mais filhos".

"É uma medida que nos enche de orgulho nos 50 anos do 25 de Abril. Mas também tomámos medidas de discriminação positiva para o interior do país destinadas a jovens que comecem a trabalhar nestas zonas do país e o mesmo para o IRC, onde temos de ir mais longe para fixar empresas", advertiu.

Depois, no final da sua intervenção, traçou um dualismo entre o PS e os partidos à sua direita.

"A direita defende o capital e não quem trabalha. E não vale a pena desmentirem, porque nos lembramos o que fizeram na década passada quanto aos pensionistas, quanto aos salários, quantos aos feriados. Foi um filme de mentira e nós não queremos um remake. Não nos esquecemos do que fizeram. Não queremos voltar a ouvir que vivemos acima das nossas possibilidades", afirmou.

Ana Mendes Godinho considerou depois que "o PSD e os seus aliados são o partido do partir, que convidou os jovens e os professores a abandonar o país, enquanto o PS é o partido de fazer regressar os jovens, os médicos, os enfermeiros".

"A AD é aliança dos cortes. No PS também sabemos cortar. Cortamos na dívida pública, nas desigualdades, no abandono escolar e na pobreza", contrapôs, elevando o tom do seu discurso.

No primeiro discurso do comício, o presidente da Federação da Guarda do PS, Alexandre Lote, salientou a mobilização conseguida e os investimentos em curso no seu distrito.

"União, orgulho e ação, estas são as nossas palavras fundamentais. Temos de estar unidos neste momento em defesa dos valores de Abril, unidos em defesa dos direitos liberdades e garantias que os Paulos Núncio desta vida nos querem tirar, unidos em defesa do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública que a direita querem enfraquecer", declarou.

Alexandre Lote afirmou depois que há razões para "orgulho com a descida do desemprego, a subida do salário mínimo nacional e entrega de um computador para todas as crianças do primeiro ciclo" -- uma alusão a uma das principais medidas dos executivos de José Sócrates

Para o líder da Federação do PS da Guarda, "Portugal precisa de um político que decida, que valorize o interior do território nacional e que sejam um humanista".

"A direita fala em mudança, mas a mudança deles é andar para trás", acrescentou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

Leia Também: Catorze partidos concorrem às legislativas pelo círculo da Guarda

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