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Relatório de Draghi marcará "próximos anos na política económica" na UE

O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu hoje que o relatório que o ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi está a preparar, sobre a competitividade da União Europeia (UE), altere "os próximos anos na política económica" comunitária.

Relatório de Draghi marcará "próximos anos na política económica" na UE
Notícias ao Minuto

12:55 - 24/02/24 por Lusa

Economia Fernando Medina

"O relatório Draghi vai ser um relatório que moldará e será um marco na definição do que serão os próximos anos na política económica na União Europeia, não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Creio que não poderá deixar ninguém indiferente às suas conclusões, às suas recomendações", referiu Fernando Medina.

Falando aos jornalistas portugueses no final do segundo e último dia da reunião informal dos ministros das Finanças da UE, na cidade belga de Gante, no âmbito da presidência rotativa do Conselho assumida pela Bélgica, o governante português apontou que a União "é um espaço de negociação permanente entre Estados-membros e países com culturas, com visões muito diferentes uns dos outros, em que o processo de decisão é por natureza lento, exceto em crises agudas, em que, de facto, o trabalho conjunto se acelera muito".

"Mas espero que o relatório Draghi seja um momento também de sobressalto para a ação que é tão necessária nesta área, nesta dimensão, nesta altura em que a Europa terá de investir muito mais em Defesa", assinalou o responsável.

Presente em Gante, "Mario Draghi expôs com muita clareza os grandes desafios que a Europa enfrenta no futuro, em resultado de uma alteração estratégica sobre o que foram os elementos de competitividade da Europa nas últimas décadas", disse Fernando Medina.

"Discutimos as soluções [...] e o caminho reduz-se a [...] mais investimento, mais investimento de natureza pública de iniciativa pública, onde Portugal hoje está capaz de fazer a sua parte e dar uma resposta positiva", mas também "estímulo ao investimento de natureza privada" e "necessidade de espaço orçamental nas políticas europeias para mais investimento comunitário", elencou o ministro português.

Os ministros das Finanças da UE discutiram hoje a competitividade do bloco comunitário face a potências como Estados Unidos ou China, numa altura em que Mario Draghi, que esteve na reunião, prepara um relatório sobre a matéria.

Com a Bélgica a assumir a presidência rotativa da UE, a competitividade em termos mundiais e no mercado interno foi colocada como prioridade pelos belgas.

O tema esteve em destaque na reunião informal dos ministros europeus das Finanças, visando então que o espaço comunitário consiga ultrapassar os desafios críticos atuais relacionados com o fraco crescimento nomeadamente após os efeitos da guerra da Ucrânia e assegurar um futuro socioeconómico face a potências como Estados Unidos ou China.

A discussão antecede o relatório que o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi está a preparar sobre a competitividade europeia, que deverá ser apresentado no verão.

No seu discurso sobre o Estado da União, em setembro passado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um relatório sobre a competitividade europeia e falou num contexto "desafiante" para a indústria na UE.

Na altura, a responsável elencou "três grandes desafios económicos para a indústria" em 2024, entre os quais a "escassez de mão-de-obra e de competências, a inflação" e a necessidade de "facilitar a atividade das empresas", numa altura de contido crescimento económico.

Por essa razão, Von der Leyen pediu a Mario Draghi, "uma das maiores mentes económicas da Europa, que preparasse um relatório sobre o futuro da competitividade europeia", que deverá ser divulgado no verão.

Leia Também: "Espaço orçamental". Portugal "tem recursos" para investir mais em Defesa

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