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CESP acusa Auchan de querer tirar folga da Páscoa aos trabalhadores

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou hoje os hipermercados Auchan de quererem "tirar uma folga aos trabalhadores com uma alteração de horários para que todos estejam de folga no domingo de Páscoa".

CESP acusa Auchan de querer tirar folga da Páscoa aos trabalhadores
Notícias ao Minuto

15:56 - 15/02/24 por Lusa

Economia CESP

"Os hipermercados Auchan, que recentemente brindaram os seus trabalhadores com a notícia de que vão encerrar no domingo de Páscoa, alteraram o esquema de rotação dos descansos semanais para que todos os trabalhadores estejam de folga no domingo de Páscoa", disse à agência Lusa a sindicalista do CESP Célia Lopes.

"Os trabalhadores são prejudicados, porque deixam de gozar a sua folga [na data prevista inicialmente] para poderem beneficiar do domingo de Páscoa", frisou.

A sindicalista falava à agência Lusa durante uma ação de denúncia sobre a situação dos trabalhadores das empresas de distribuição junto ao hipermercado da Auchan, no Centro Comercial Alegro, em Setúbal, no âmbito de um conjunto de iniciativas, para denunciar os salários baixos no setor, que o CESP está a levar a cabo um pouco por todo o país.

"Os clientes - perante um setor que gera milhões de euros de lucros e que gera as pessoas mais ricas do país - têm a sensação de que as condições de trabalho no setor são agradáveis, que as carreiras são bem remuneradas, que os trabalhadores têm bons horários, mas nada disto corresponde à verdade", disse Célia Lopes.

Nesse sentido, o CESP decidiu fazer uma denúncia junto dos clientes da situação vivida pelos trabalhadores, porque estamos a falar de carreiras totalmente desvalorizadas, de um contrato coletivo de trabalho que, por bloqueio da associação patronal, não é negociado desde 2016. E mais de 80% dos trabalhadores têm a sua carreira profissional toda absorvida pelo valor do salário mínimo nacional e estão à mercê da meritocracia para poderem ter alguma atualização salarial", acrescentou.

Segundo Célia Lopes, além da atual desvalorização das carreiras dos trabalhadores do setor, a Associação Patronal das Empresas de Distribuição (APED) ainda "pretende impor bancos de horas, de 150 horas anuais, a todos os trabalhadores, o que significa uma maior desregulação dos horários de trabalho".

"E importa ter a noção de que a esmagadora maioria dos trabalhadores do setor são mulheres, jovens mulheres, com responsabilidades familiares e parentais, para as quais é particularmente preocupante a desregulação dos tempos de trabalho", frisou.

Célia Lopes salientou ainda que "o problema dos baixos salários não afeta apenas os trabalhadores das empresas de distribuição, mas também trabalhadores de diversas lojas, como acontece no centro comercial Alegro em Setúbal, em que diversas empresas se filiaram na APED, para poderem pagar salários mais baixos do que aquilo a que estavam obrigadas pelos contratos do comércio retalhista local".

De acordo com o CESP, as ações de denúncia começaram na passada segunda-feira com iniciativas à porta dos armazéns da Sonae e de uma loja Pingo Doce, em Braga, a que se seguiram hoje outras ações semelhantes junto a lojas da Sonae, em Castelo Branco, e da Auchan, em Setúbal, estando já calendarizadas outras iniciativas para o primeiro semestre deste ano.

Leia Também: Auchan notifica a aquisição do controlo exclusivo sobre a Dia Portugal

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