Cristina Torres eleita nova presidente do STAL
Cristina Torres é a nova presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), segundo uma votação ocorrida hoje durante uma reunião da nova direção nacional da estrutura, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra.
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Economia STAL
Cristina Torres é a primeira mulher à frente do STAL, afeto à CGTP, do qual era até agora vice-presidente, e substitui no cargo José Correia, que não se recandidatou à direção nacional.
Na primeira reunião da nova direção nacional do STAL, que hoje tomou posse, foram também debatidas as linhas de orientação estratégica do STAL para os próximos quatro anos.
Cristina Torres destacou que os próximos quatro anos representam um mandato de continuidade do que tem sido a ação sindical do STAL, de "fazer um caminho de ir ao encontro de novos locais de trabalho e de novos trabalhadores" e de luta pela resolução dos seus principais problemas.
"São os baixos salários, a perda do poder de compra. Nos tempos que correm as coisas estão muito complicadas, porque o custo de vida não para de aumentar. E a questão da valorização das carreiras, das profissões e do respeito pelas funções dos trabalhadores", destacou.
Também o fim da "injustiça de quotas na avaliação dos trabalhadores", o combate à precariedade e a defesa dos serviços públicos, nomeadamente do Serviço Nacional de Saúde, estão nas prioridades do sindicato.
"Temos noção de um aumento muito grande de trabalhadores com vínculo precário nas autarquias e nas empresas a quem foram concessionados os serviços, como nas empresas de resíduos, na limpeza urbana e recolha de resíduos", disse.
De acordo com José Correia, o presidente cessante, o trabalho do sindicato no último mandato registou um balanço interno muito positivo, já que foram os maiores anos em termos de sindicalizações e de filiações de novos trabalhadores, tendo em 2023 sido ultrapassadas as metas estabelecidas e "que eram as mais altas dos últimos anos".
Já em relação ao avanço dos direitos dos trabalhadores, segundo o dirigente cessante, os resultados ficaram "bastante aquém daquilo que era possível e que as condições do país permitiam".
"Neste momento, o país dispõe de condições, de meios, oxalá haja vontade política para recuperação de um conjunto de direitos que foram tirados e ainda hoje não existem, sendo central a questão do aumento dos salários, que não tem acompanhado a inflação verificada. Portanto, cada ano que passa levam-nos mais uma fatia do poder compra", disse, destacando que "basta ver que a maioria dos trabalhadores terá uma atualização de 3% este ano quando a inflação está bastante acima disso".
O STAL -- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins - tem atualmente cerca de 56 mil associados e está presente em todos os distritos e regiões autónomas, através de 22 direções regionais.
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