"O manuseamento destas cargas reflete a estratégia de diversificação em que o Porto de Maputo tem apostado nos últimos anos", disse Osório Lucas, diretor executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC, sigla inglesa), citado numa nota de balanço da atividade do último ano, enviada à comunicação social.
Em 2022, o porto de Maputo movimentou 26,7 milhões de toneladas de carga, depois da modernização geral, reabilitação de cais e com a extensão para 24 horas dos comboios com minério oriundos da África do Sul, país vizinho.
Do total de 31,2 milhões de toneladas de carga movimentada no ano passado, cerca de 25 milhões foram constituídas por diversos minérios, entre os quais carvão, cobre, crómio, ferrocrómio, magnetite, titânio, vanádio, vermiculite e minério de fosfato, lê-se no documento.
A nota acrescenta que 61% da carga foi movimentada por via rodoviária e 39% por via ferroviária, destacando um "aumento significativo de 8,4% no uso do caminho de ferro" para o movimento de carga, comparado ao ano anterior.
"Embora haja um crescimento na movimentação ferroviária, a procura do Porto tem crescido exponencialmente e por isso vamos continuar a trabalhar com os CFM [Caminhos de Ferro de Moçambique] para procurar um maior equilíbrio entre a carga ferroviária e rodoviária", referiu Osório Lucas.
De acordo com o responsável, o aumento do volume de carga no porto de Maputo teve um "impacto direto no valor das taxas fixas e variáveis pagas ao Governo de Moçambique", tendo contribuído com mais de 41 milhões de dólares (37,7 milhões de euros).
"Este aumento financeiro consolida o contributo económico do Porto para o desenvolvimento do país", afirmou o diretor executivo do MPDC.
A concessão do porto de Maputo à MPDC completou 20 anos em 2023.
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