Em outubro deste ano, a Lusitânia fechou 16 dos seus balcões e, naquilo a que chamou uma operação de reestruturação, 'enviou' os seus colaboradores para casa, onde se encontram em regime de teletrabalho.
A empresa seguradora tentou fazer um Acordo de Teletrabalho com os colaboradores, o qual foi denunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Área Seguradora (STAS), segundo avança o jornal ECO.
Em causa está o facto do regime ser aplicável apenas durante um ano, período no fim do qual os colaboradores correm o risco de voltar a um regime de trabalho presencial. Acontece que muitos dos balcões onde estes colaboradores exerciam funções foram encerrados, no âmbito desta reestruturação, podendo os colaboradores ir parar a um posto de trabalho relativamente longe de casa.
"A questão é que os balcões onde exerciam as suas funções encerraram e, caso pretendam exercer as suas funções em regime presencial, há situações em que o potencial local de trabalho mais próximo fica bastante longe", explica este sindicato ao Notícias ao Minuto, revelando o motivo pelo qual incentivaram os funcionários a não assinar o contrato.
Patrícia Caixinha, presidente da Direção do sindicato, admite que este contrato de teletrabalho "tem a duração de um ano, sendo renovável por iguais períodos" e que até " é expectável essa renovação", mas existe sempre o risco de isso não acontecer.
Ver esta publicação no Instagram
O sindicato apresentou algumas alterações ao contrato e na qual se estabelecia "a duração indeterminada do acordo de teletrabalho, ou pelo menos mais longa" ou, ainda "o aumento do valor da compensação das despesas aos trabalhadores, embora tenhamos aferido que essa não será a questão essencial para os mesmos". Estas propostas, contudo, terão sido ignoradas.
"Parece-nos inconcebível que a LUSITANIA tenha esta postura para com os seus trabalhadores que não detiveram alternativa ao encerramento dos balcões", escreve o sindicato no Instagram.
Leia Também: AHRESP vai ter delegações em todos os distritos até 2025