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PRR? Portugal "está muito empenhado" apesar da crise política

O presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, sublinha que Portugal "está muito empenhado" na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que trará "enormes oportunidades à economia portuguesa", não comentando eventuais impactos da crise política no país.

PRR? Portugal "está muito empenhado" apesar da crise política
Notícias ao Minuto

07:27 - 09/12/23 por Lusa

Economia Eurogrupo

"A situação política em Portugal é, em grande medida, um assunto para os políticos de Portugal, não é realmente apropriado que eu faça comentários, mas o que eu sei é que o atual Governo está muito empenhado na execução do PRR e a razão pela qual esse plano é tão importante é porque pode ajudar economias como a portuguesa, que precisam de avançar em direção a um futuro mais verde", declarou Paschal Donohoe, em entrevista à agência Lusa em Bruxelas.

Vincando que "há enormes oportunidades à espera da economia portuguesa para fazer ainda mudanças para uma energia com menos carbono", o responsável classificou o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que financia os PRR, como "uma iniciativa importante, não só para Portugal, mas também para a Europa".

Confrontado com a situação de crise política em Portugal, Paschal Donohoe escusou-se a comentá-la, optando antes por "reconhecer o progresso que a economia de Portugal tem feito" e dizer que, "se esse progresso continuar no futuro, [...] isso poderá ter um impacto muito positivo no nível de vida, no investimento e no crescimento futuro".

Com a recente alteração para ter em conta a elevada inflação e o impacto da guerra, o PRR português ascende agora a 22,2 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos e abrange 44 reformas e 117 investimentos.

Até ao momento, com uma execução de 17%, Portugal já recebeu 4,07 mil milhões de euros em subvenções e 1,07 mil milhões em empréstimos.

Nesta entrevista à Lusa, Paschal Donohoe comentou ainda a proposta feita em outubro passado pelo primeiro-ministro, António Costa, sobre uma espécie de "PRR permanente", numa alusão ao Plano de Recuperação e Resiliência pós-covid-19, para assegurar "financiamento para investimentos e reformas" em situações de crise.

De acordo com o líder do grupo informal da moeda única, "esta é uma proposta que vários outros governos apoiam, mas outros governos também têm opiniões diferentes", razão pela qual "é muito importante que se tenha este debate e esta discussão sobre os instrumentos económicos de que a União Europeia dispõe".

Porém, "para já, o que existe é um acordo sobre a implementação e a existência dos PRR, e temos muitos anos pela frente para implementar o que já foi acordado", ressalvou.

"Depois disso, haverá uma discussão e, por isso, enquanto debatemos o futuro e as ferramentas que temos neste momento, penso que o que é realmente importante é provarmos uns aos outros que podemos implementar o que já acordámos fazer e o passo vital em qualquer discussão futura sobre novas ferramentas para a gestão económica da União Europeia é pôr em prática o que acordámos fazer e é por isso que o Governo de Portugal está a colocar o enfoque no seu PRR", disse ainda Paschal Donohoe.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da recente demissão do primeiro-ministro, António Costa, que é alvo de um inquérito no Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo que investiga tráfico de influências no negócio de um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo tido intervenção para desbloquear procedimentos.

Leia Também: Líder do Eurogrupo afasta recessão em Portugal. Progressos "notáveis"

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