CIP quer pacto entre PS e PSD para que país "não pare"
O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, defendeu hoje um pacto entre PS e PSD para que o país "não pare" até que o governo que sairá das eleições de março esteja em plenas funções.
© Lusa
Economia CIP
"É preciso que haja um compromisso entre os candidatos a chefe de governo para que em questões essenciais da nossa economia não haja paragem", afirmou o dirigente associativo em declarações à agência Lusa à entrada para um almoço/conferência promovido pela Associação Comercial do Porto, onde foi o orador convidado.
Salientando que uma "paragem significa, pelo menos, seis meses de 2024 sem governo em plenas funções e sem orçamento aprovado", o líder da CIP apelou para um "compromisso" em nome do "interesse nacional", que - destacou - "não é o interesse da disputa político-partidária".
"Convidamos os partidos a fazer uma reflexão sobre o interesse nacional e a que sejam portadores deste compromisso para que, efetivamente, o país não pare", disse Armindo Monteiro.
"Em princípio, fazemos um apelo àqueles partidos que serão quem irá chefiar o governo, mas, naturalmente, isto deve envolver todos", acrescentou.
Paralelamente, a CIP apela a que os programas eleitorais "sejam portadores de esperança e não aproveitem os medos, as ansiedades e não explorem o momento que o país vive".
"Isto significa colocar na centralidade do discurso político a economia, para conseguirmos ter um país mais próspero, um país que tenha maior capacidade de ultrapassar estas crises, seja esta que estamos a viver, seja aquela que vivemos na pandemia. Precisamos que haja verdadeiramente um compromisso na sociedade e a CIP está disponível para esse compromisso", sustentou.
Reiterando "a necessidade de se convergir numa agenda que não é uma agenda de disputa político-partidária", Armindo Monteiro enfatizou que "a política deve servir o bem da nação": "E só vamos conseguir fazer isso se confiarmos, se criarmos base de confiança entre os propósitos de todos", considerou.
"As empresas não vão a votos e não votam", sublinhou o presidente da CIP, garantindo que a confederação está "disponível para, a partir do momento em que o governo seja constituído - por uma ou por várias forças políticas - ser imediatamente um aliado desse governo".
"Não temos uma visão político-partidária, mas temos uma visão a favor da prosperidade do país, a favor da prosperidade dos portugueses e a favor da prosperidade das empresas", concluiu o dirigente associativo.
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