A Lusa contactou o Grupo Joaquim Chaves depois de ter recebido uma informação de colaboradores, segundo a qual "o processo de despedimento colectivo envolve cerca de 60 colaboradores" e é justificado com "a conjuntura económica bem como a inexistência de polivalência dos colaboradores da execução de tarefas".
Contudo, de acordo com a comissão executiva do grupo, o despedimento colectivo ficou concluído na semana passada e abrangeu 46 trabalhadores, 33 colaboradores dos Laboratórios Dr. Joaquim Chaves e 13 das clínicas Quadrantes, que representam cerca de 4% do total dos postos de trabalho das empresas do grupo, e não 60 colaboradores, conforme a informação recebida pela Lusa e que a fonte do grupo diz que anda a circular erradamente.
"Mesmo após todas as outras diligências de racionalização de custos que o grupo tem vindo a implementar em face da conjuntura económica vivida actualmente, esta reestruturação tornou-se absolutamente inevitável, como forma de poder continuar a garantir-se a sustentabilidade dos cerca de 1.020 postos de trabalho" que o grupo assegura no país, justifica a comissão executiva.
Segundo a mesma fonte, o despedimento foi efectuado na sequência de "um longo processo interno de análise" e comunicado aos colaboradores de forma colectiva, "havendo depois lugar a uma comunicação pessoal e presencial, individual a cada um dos colaboradores envolvidos no processo".
Além disso, sublinha que com a direcção de Recursos Humanos, a administração do grupo "fez questão de estar estreitamente envolvida no processo", tendo sido o próprio presidente da comissão executiva a ter a primeira conversa colectiva com os colaboradores, apresentando as razões para o despedimento e os passos seguintes.
"Em todos os momentos, o grupo, através da sua direcção de recursos humanos, fez questão de conduzir o processo com a maior humanidade e respeito, gerindo com cada um dos colaboradores dispensados o seu processo individual, não só no estrito cumprimento com todas as obrigações legais de indemnização aplicáveis, mas também promovendo o diálogo personalizado com cada um, na procura de soluções", frisa a comissão executiva.
O Grupo Joaquim Chaves classifica o momento como "difícil" e "de grande pesar", afirmando que quando a conjuntura melhorar continuará "a contribuir para o aumento da empregabilidade nacional".
"Da nossa origem de empresa de cariz familiar mantemos, mais de 50 anos depois, uma política de estreita ligação aos nossos recursos humanos e uma visão socialmente responsável em todas as nossas áreas de actuação", frisa.
A mesma fonte lembra que o Grupo Joaquim Chaves criou cerca de 400 postos de trabalho nos últimos cinco anos e está presente em Lisboa, Porto, Faro, Funchal, Santarém e Açores.