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Evitar "previsível falência". Global Media avança com até 200 rescisões

O Global Media Group (GMG) vai negociar "com caráter de urgência" rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo", anunciou hoje num comunicado interno.

Evitar "previsível falência". Global Media avança com até 200 rescisões
Notícias ao Minuto

15:28 - 06/12/23 por Lusa

Economia Global Media

De acordo com o comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, os acordos de rescisão serão negociados "num universo entre 150 e 200 trabalhadores nas diversas áreas e marcas" do grupo, sendo o objetivo "evitar um processo de despedimento coletivo" que, segundo a Comissão Executiva, "apenas será opção em último caso".

"Face aos constrangimentos financeiros criados pela anulação do negócio da Lusa", a administração do GMG avança ainda que "o pagamento do subsídio de Natal referente ao ano de 2023 só poderá ser efetuado através de duodécimos, acrescido nos vencimentos de janeiro a dezembro do próximo ano".

Segundo acrescenta, "no caso dos processos de acordo de rescisão esse valor será obviamente tido em conta".

No documento, a Comissão Executiva reafirma a sua "determinação [...] em adotar um vasto conjunto de mudanças ao nível da gestão e procedimentos nos diferentes departamentos e marcas", de forma "a tornar sustentável" o projeto.

O objetivo é evitar "a mais do que previsível e anunciada falência do grupo", que, reconhece, "só a contínua e indiscriminada venda de património, como a que ocorreu nos últimos anos, tem vindo a adiar".

Com o plano de reestruturação a implementar, o GMG diz pretender por "termo ao ciclo de prejuízos constantes" e, "numa fase posterior, [...] consolidar um projeto alargado ao mercado da língua portuguesa".

"Sendo do conhecimento geral o complexo e difícil momento que todos os grupos de media atravessam, não é aceitável ou admissível para este projeto e para os seus acionistas que o financiamento deste grupo seja suportado pela existência de dívidas de milhões de euros à banca, ou por algum grupo empresarial que, pese os sucessivos anos de prejuízos, opte, em nome de uma agenda própria, manter esses projetos editoriais", sustenta.

Segundo refere, "mais do que nunca, só o garante da independência financeira poderá permitir a existência de projetos jornalísticos sérios, responsáveis e isentos".

De acordo com o GMG, as "medidas urgentes" agora anunciadas baseiam-se "nas conclusões da análise e da auditoria" realizadas nos últimos três meses à situação patrimonial e financeira do universo empresarial do grupo e visam "estancar o crescimento dos prejuízos, salvaguardar o número possível de postos de trabalho e evitar a falência do grupo e das suas empresas".

Algo que, diz, "inevitavelmente ditaria o encerramento das suas históricas e principais marcas".

Fazendo um "retrato" dos "resultados e práticas de gestão financeira e editorial" que encontrou na empresa, a Comissão Executiva destaca que os prejuízos acumulados pelo GMG até ao final do ano passado ascenderam a 39 milhões de euros, estando previsto para este ano um prejuízo global superior a sete milhões de euros.

A estes valores acrescem dívidas acumuladas de cinco milhões de euros, estando a ser liquidado em sede de acordo RERT (Regime Excecional de Regularização Tributária) um montante de mais de sete milhões de euros.

"Mais: na análise efetuada, a previsão é que, mantendo-se a atual situação sem que se proceda a qualquer tipo de reestruturação, o prejuízo mínimo anual seria na ordem dos nove milhões de euros", enfatiza.

Ainda destacado é que, nos últimos meses, antes da mais recente reconfiguração da estrutura acionista do grupo, o pagamento de salários "apenas era possível por ser assegurado por transferências diretas realizadas pelo acionista Marco Galinha".

"Em 2021, quando o acionista Marco Galinha entrou no capital do Global Media Group, eliminando a pesada dívida bancária então existente de 11 milhões de euros e que passou para 900 mil euros, já o fez numa derradeira tentativa de salvar o grupo de um colapso anunciado", sendo que, "já nesse momento, nenhum dos outros acionistas mostrava qualquer disponibilidade em aportar qualquer investimento ao grupo", relata.

[Notícia atualizada às 16h35]

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