Num comunicado, a Fitch disse que a subida reflete "a importância estratégica" da filial de Macau para a portuguesa Fidelidade -- Companhia de Seguros, S.A., que desde 2014 é detida por capitais chineses.
A agência de notação financeira sublinhou que a Fidelidade Macau "é a única seguradora não vida que representa a marca Fidelidade na região Ásia-Pacífico" e, como tal, considerou improvável que o grupo português abandone o investimento.
A subida da classificação "leva em consideração sinergias e cooperação operacional mais explícitas entre a empresa-mãe e a subsidiária", acrescentou a Fitch.
A agência de notação disse acreditar que a Fidelidade, controlada pelo grupo Fosun, o maior investidor privado chinês em Portugal, "forneceria apoio operacional e de capital à subsidiária [de Macau], se necessário".
Mas a Fitch sublinhou que a Fidelidade Macau tem "um baixo risco de investimento e liquidez", uma rentabilidade média de 79% nas suas apólices e um rácio de solvabilidade de 528% no final de setembro, "bem acima do mínimo regulamentar de 150%".
A agência disse esperar que a seguradora beneficie da recuperação gradual do turismo de Macau e da retoma dos projetos de construção após o levantamento das restrições ligadas à pandemia de covid-19, nomeadamente à entrada de pessoas vinda da China continental.
Fundada em 1808, a Fidelidade afirma ser a seguradora líder de mercado em Portugal, operando ainda em Angola, Cabo Verde, Moçambique, Espanha, França, Peru, Bolívia, Paraguai e Chile, além de Macau.
A Fosun adquiriu cerca de 85% do capital da Fidelidade ao banco estatal português Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, através da seguradora, detém 5% da REN - Redes Energéticas Nacionais, é a maior acionista do banco BCP (com 27,25%) e dona da Luz Saúde.
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