Trocas comerciais entre a China e países lusófonos aumentaram 9,28%
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram 53,3 mil milhões de dólares (39,2 mil milhões de euros) entre janeiro e maio, um aumento de 9,28% face ao período homólogo do ano passado.
© Reuters
Economia Alfândega
De acordo com estatísticas dos Serviços de Alfândega da China, divulgadas hoje pelo Secretariado Permanente do Fórum Macau, a segunda maior economia mundial comprou aos oito países lusófonos bens avaliados em 36,3 mil milhões de dólares (26,7 mil milhões de euros) -- mais 11,63% -- e vendeu produtos no valor de 17 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros), reflexo de uma subida de 4,56% em termos anuais.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume global das trocas comerciais a ascender a 34,17 mil milhões de dólares (25,1 mil milhões de euros) até maio -- mais 8,58% comparativamente aos primeiros cinco meses de 2013.
As exportações da China para o Brasil cifraram-se em 13,48 mil milhões de dólares (9,9 mil milhões de euros), enquanto as importações chinesas totalizaram, entre janeiro e maio, 20,68 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões de euros), valores que traduzem, respetivamente, aumentos anuais de 1,56% e 13,71%.
Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo lusófono, as trocas comerciais cresceram 8,46% para 16,49 mil milhões de dólares (12,1 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 1,71 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) - mais 10,39% - e comprou mercadorias no valor de 14,78 mil milhões de dólares (10,86 mil milhões de euros) - mais 8,24% - face aos primeiros cinco meses do ano passado.
Com Portugal, terceiro parceiro da China na lusofonia, o comércio bilateral cresceu 25,71% para 1,89 mil milhões de dólares (1,38 mil milhões de euros) -- graças à forte subida das exportações chinesas (28,76%) que atingiram 1,23 mil milhões de dólares (904,5 milhões de euros), numa balança comercial favorável a Pequim, já que Lisboa comprou bens avaliados em 663,2 milhões de dólares (487,7 milhões de euros), mais 20,42% em termos anuais homólogos.
Ao nível do comércio bilateral com a China, verificaram-se aumentos anuais com todos os países de expressão portuguesa entre janeiro e maio, destacando-se o crescimento das trocas comerciais com a Guiné-Bissau (134,8%) e com São Tomé e Príncipe (64,17%), num quadro em que apenas as trocas comerciais com os dois maiores parceiros -- Brasil e Angola -- não registaram um crescimento a dois dígitos.
Só no mês de maio, as trocas comerciais bilaterais entre a China e os países lusófonos totalizaram 12 mil milhões de dólares (8,82 mil milhões de euros), traduzindo um decréscimo de 1,89% face ao mês anterior.
A queda mensal ficou a dever-se ao recuo das importações da China aos países de Língua portuguesa, que caíram 4,14% para 8,37 mil milhões de dólares (6,15 mil milhões de euros), por oposição às exportações, que totalizaram 3,63 mil milhões de dólares (2,66 mil milhões de euros), subindo 3,71% comparativamente a abril.
Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter ligações com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três em três anos.
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