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OCDE baixa previsões para a Europa, que demorará mais tempo a recuperar

A OCDE voltou a baixar as previsões de crescimento para a Europa este ano e no próximo, que será a zona das economias avançadas que demorará mais tempo a recuperar, enquanto os Estados Unidos voltam a mostrar a sua resiliência.

OCDE baixa previsões para a Europa, que demorará mais tempo a recuperar
Notícias ao Minuto

10:31 - 29/11/23 por Lusa

Economia OCDE

No relatório semestral publicado hoje, a OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico antecipa "uma aterragem suave" para o conjunto das economias avançadas, depois de constatar que as subidas das taxas de juro estão a produzir os efeitos desejados na contenção da inflação.

Os países emergentes deverão registar um desempenho globalmente mais dinâmico, o que permitirá à economia mundial crescer 2,9% em 2023, abrandando em 2024 para 2,7%, antes de recuperar no ano seguinte para 3%.

Os Estados Unidos revelam-se mais fortes do que o previsto anteriormente, razão pela qual os autores do estudo preveem um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,4% este ano (duas décimas acima do previsto em setembro e três décimas acima do previsto em junho) e de 1,5% em 2024 (duas décimas acima do previsto em setembro).

O abrandamento previsto para os próximos meses na primeira potência mundial (como na grande maioria dos países do mundo) deverá conduzir a uma ligeira aceleração para atingir uma taxa de 1,7% em 2025.

A situação é claramente menos favorável no Velho Continente: na zona euro, este ano, o crescimento, segundo a OCDE, limitar-se-á a uns escassos 0,6% (menos três décimas do que o previsto em junho), com uma quebra de atividade num país-chave como a Alemanha (-0,1%) e valores relativamente dececionantes em França (0,9%) e Itália (0,7%).

A surpresa positiva da zona euro em 2023 é a Espanha, com um crescimento do PIB de 2,4%, o mais elevado do grupo, três décimos de ponto percentual acima do previsto em junho e uma décima de ponto percentual acima do previsto em setembro.

Para Portugal, a OCDE reviu em baixa as previsões, apontando agora para um crescimento de 2,2% para este ano, de 1,2% para 2024 e de 2% para 2025.

Os autores do estudo também corrigiram em baixa as suas previsões de crescimento para a zona euro em 2024, face aos elevados custos de financiamento e ao elevado nível de incerteza, e mantêm-nas em 0,9% (menos seis décimas do que em junho e menos duas décimas do que em setembro) e será preciso esperar por 2025 para ver uma taxa ligeiramente mais encorajadora de 1,5%.

Fora da União Europeia, mas também no Velho Continente, as coisas não correm melhor no Reino Unido, com uma expansão económica de apenas 0,5% este ano, 0,7% em 2024 e 1,2% em 2025.

A Costa Rica será o país da OCDE com o crescimento económico mais rápido não só este ano (5,1%, contra 4,9% da Islândia, em segundo lugar, e 1,7% em média dos 38 membros), mas também em 2024 (3,5%, contra 1,4% em média) e em 2025 (3,6%, contra 1,8% na OCDE).

A situação dos outros membros da América Latina é bastante diferente. As previsões para o México são favoráveis e melhores do que há seis meses, prevendo-se um crescimento do PIB de 3,4% este ano, 2,5% em 2024 e 2% em 2025.

Em contrapartida, no caso da Colômbia, as coisas pioraram e o crescimento deverá manter-se em 1,2% em 2023, 1,4% em 2024, antes de subir para 3% em 2025.

No que respeita ao Chile, a estagnação deste ano, devido às difíceis condições de financiamento decorrentes da subida das taxas de juro e do efeito no consumo da retirada dos estímulos pela covid-19, será seguida de uma recuperação não muito forte para 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025.

A OCDE considera que as taxas de juro estão no pico do ciclo ou muito próximas na maioria das economias avançadas, embora não queira excluir a necessidade de aumentar o preço do dinheiro se as pressões inflacionistas persistirem.

Uma das suas principais preocupações neste momento é a fraqueza do comércio mundial, que não se deve a fatores cíclicos, mas sim a fatores estruturais devidos à aplicação de medidas protecionistas restritivas.

Na sua opinião, está a perder-se uma fonte de prosperidade a longo prazo, tanto para as economias avançadas como para os países emergentes.

[Notícia atualizada às 10h59]

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