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Leiria com orçamento de 112,5 milhões de euros em 2024

A Câmara de Leiria, de maioria socialista, aprovou hoje, com os votos contra da oposição, o orçamento para 2024, no valor de 112,5 milhões de euros, valor que há mais de uma década não era alcançado.

Leiria com orçamento de 112,5 milhões de euros em 2024
Notícias ao Minuto

18:01 - 28/11/23 por Lusa

País Leiria

"Este é um orçamento de receita e despesa de 112,5 milhões de euros, ultrapassou aqui o valor psicológico dos 100 milhões de euros que nunca se tinha alcançado, com exceção quando os orçamentos eram empolados", afirmou, na reunião do executivo municipal, Gonçalo Lopes (PS).

Em 2010, o orçamento do Município de Leiria foi de 126,9 milhões de euros; o do corrente ano é de 97,4 milhões de euros.

Gonçalo Lopes garantiu haver "preocupação de manter um orçamento de rigor financeiro, dando seguimento ao que tem sido a estratégia dos últimos anos", elencando depois pontos que considera mais relevantes do documento.

Na despesa de pessoal, apontou os "29,4 milhões de euros, que representam 26,20% do orçamento", para referir que "Leiria é, entre os municípios de grande dimensão, o segundo com menor peso da despesa com pessoal na despesa total".

Ainda sobre a despesa, declarou que o "peso da dívida é de 11 milhões de euros", para salientar que "dívidas a fornecedores praticamente" a câmara não tem, sendo que paga, todos os anos, "2,9 milhões de euros" para amortizar capital e juros.

Admitindo "desafios muito grandes" na despesa corrente devido à inflação, agravada pela guerra na Faixa de Gaza, que "também tem influência na incerteza do futuro", o autarca exemplificou com os custos da eletricidade, combustíveis ou recolha do lixo.

Ao referir-se à descentralização de competências, o presidente da Câmara considerou que este é, provavelmente, o orçamento que "mais investe na educação na última década", realçando a requalificação das escolas D. Dinis e Afonso Lopes Vieira, "todas elas superiores a cinco milhões de euros", investimentos para começar em 2024.

Já sobre a descentralização de competências na área da saúde, Gonçalo Lopes declarou que estão em orçamento para 2024 os centros de saúde na Barreira, Santa Eufémia e Pousos, e, quanto aos apoios sociais, enumerou o arrendamento de habitação, a compra de medicamentos ou as creches, além do Fundo de Emergência Social, com uma verba de 1,2 milhões de euros.

Na cultura, 2024 vai marcar o encerramento dos investimentos na Villa Portela, na encosta do Castelo e da 'Black box'.

"O próximo ano encerra um ciclo", considerou Gonçalo Lopes, para assinalar que começa outro, que inclui a ampliação da Biblioteca Municipal ou novos trabalhos no Castelo, enquanto no desporto e lazer destacou o novo parque verde da cidade, o designado "Aquapolis".

Na área económica, além do Parque Empresarial de Monte Redondo, sobressai a intervenção no topo norte do estádio municipal destinado à instalação de empresas tecnológicas e serviços.

Quanto à mobilidade, o autarca sublinhou a construção do novo terminal rodoviário, sendo que as transferências para as juntas de freguesia vão somar 11,9 milhões de euros no próximo ano.

O vereador Álvaro Madureira (independente eleito pelo PSD) defendeu a necessidade de "diminuir o caos na mobilidade que se está a tornar Leiria" e, no âmbito do ambiente, a despoluição do rio Lis.

Nesta matéria, sustentou que a responsabilidade não é apenas dos efluentes suinícolas, mas também dos esgotos domésticos que "são competência da Câmara".

Álvaro Madureira acusou ainda o executivo socialista de ter uma "receita enormíssima", para defender que "tudo o que seja folgar em termos de receitas" ajuda a população, justificando o voto contra (subscrito também pelos vereadores Daniel Marques e Branca Matos) com a visão estratégica para o concelho.

"É nisso que assentamos a reflexão", acrescentou o vereador.

Leia Também: Leiria. Tarifa da água e saneamento aumenta pela primeira vez em 8 anos

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