RedBird IMI preparado para controlar Daily Telegraph e The Spectator

O fundo de investimento RedBird IMI, financiado pelo Abu Dabi, revelou esta segunda-feira que está preparado para controlar o periódico Daily Telegraph e a revista The Spectator, após garantir crédito para pagar as dívidas do anterior proprietário destes títulos.

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Lusa
21/11/2023 07:00 ‧ 21/11/2023 por Lusa

Economia

Abu Dabi

Segundo um porta-voz do RedBird IMI, uma 'joint venture' entre o RedBird Capital, dos EUA, e a International Media Investments, do Abu Dhabi, "chegou a acordo para proporcionar créditos à família Barclay [até agora proprietária daqueles títulos], que lhe permita saldar as dívidas com o banco Lloyds e tirá-la a falência".

O porta-voz adiantou que o fundo vai proporcionar "um empréstimo de 600 milhões de libras (685 milhões de euros) garantido com o Telegraph e o Spectator", referências ideológicas do conservadorismo no Reino Unido.

Além disso, "a International Media Investments vai avançar com um empréstimo de valor similar para outros negócios e interesses comerciais da família Barclay", acrescentou.

"Devido aos termos do acordo, o RedBird IMI tem a opção de converter em capital o empréstimo garantido com o Telegraph e o Spectator e procurará fazê-lo à menor oportunidade", disse o porta-voz.

Quando tal ocorrer, a RedBird Capital ficará com a gestão e a responsabilidade operacional dos títulos, sob a liderança do administrador-delegado do RedBird IMI, Jeff Zucker, e o International Media Investments "será apenas um investidor passivo".

O facto de se tratar de um fundo de investimento apoiado pelo Abu Dhabi -- o seu dono é o proprietário do clube de futebol Manchester City -- torna o acordo polémico e causa inquietação entre os deputados do Partido Conservador, que está no governo, devido ao atual contexto geopolítico, indicaram alguns deputados.

O grupo Lloyds assumiu o controlo do diário The Telegraph em junho, depois de perder a paciência em relação a dívidas contraídas velhas pela familia Barclay, que na semana passada fez uma oferta para as pagar, graças ao apoio do mencionado fundo de investimento.

Este desenvolvimento compromete um processo de leilão aberto, gerido pelo Goldman Sachs, que tinha gerado manifestações de interesse da parte do fundo de investimento Paul Marshall e do grupo editorial DMGT, entre outros.

Leia Também: Morte de Sara Tavares é notícia nos meios internacionais

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