Os resultados definitivos da sessão indicam que, depois de oito sessões consecutivas de ganhos, o índice alargado S&P500, o mais representativo do mercado bolsista norte-americano, perdeu 0,81%.
Mais forte foi o recuo do tecnológico Nasdaq, que baixou 0,94%, ao passo que o seletivo Dow Jones Industrial Average desvalorizou 0,65%.
"Não hesitaremos" em subir a facha de juro de referência "se for preciso" face à forte inflação, advertiu hoje Powell, ao discursar durante um evento do Fundo Monetário Internacional.
A Fed "compromete-se a realizar uma política monetária suficientemente restritiva para conduzir a inflação para dois por cento", acrescentou.
Em 01 de novembro último, a Fed tinha, pela segunda vez consecutiva, mantido a sua taxa de referência sem alterações, no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
"O que ele disse não é assim tão terrível. É apenas um tom diferente. Apenas disse que se a inflação não baixar e se o mercado de trabalho não distender, a Fed tenciona subir a raxa", relativizou Karl Haeling, do LBBW.
O economista Krishna Guha, da Evercore, partilhou desta opinião, a de que as declarações de Powell "não são para interpretar como uma alteração substancial de política".
Não obstante, os rendimentos obrigacionistas foram os primeiros a reagir às declarações, acelerando a subida, depois de duas semanas em que estiveram com um sentido inverso.
"As vendas de obrigações", cujos preços baixam quando os rendimentos sobem, "estenderam-se às ações", concluiu Haeling.
A tensão dos rendimentos obrigacionistas explica-se também pelo escasso sucesso de uma emissão de dívida federal a 30 anos, no montante de 24 mil milhões de dólares. "A procura foi baixa", realçou Karl Haeling.
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