Wall Street volta aos ganhos mas setembro deve ser o pior mês do ano

A praça nova-iorquina voltou hoje aos ganhos, reduzindo as pesadas perdas que regista em setembro, depois de algum alívio verificado nos mercados obrigacionista e do petróleo.

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© Getty Images

Lusa
28/09/2023 23:03 ‧ 28/09/2023 por Lusa

Economia

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Os resultados definitivos indicam que o índice alargado S&P500 avançou 0,6%, o seletivo Dow Jones Industrial Average somou 0,3% e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,8%.

Uma baixa dos preços do petróleo aliviou parte da pressão no mercado acionista, um dia depois de o crude ter registado a maior cotação do ano. Os rendimentos dos títulos de dívida pública também contribuíram para este alívio, o que aproveitou em particular às empresas tecnológicas.

Mas, em termos gerais, as cotações das ações estão a preparar-se para encerrar o seu pior mês do ano, com os investidores a confrontarem-se com uma nova realidade em que as taxas de juro vão ficar altas durante algum tempo.

A Reserva Federal (Fed) colocou a sua taxa de juro de referência no nível mais alto desde 2001, com a esperança de extinguir uma inflação elevada e, na semana passada, indicou que no próximo ano deve cortar a taxa menos do que admitia.

As taxas baixas aproveitam aos mercados financeiros, enquanto as altas arrefecem a economia e encarecem os preços das ações e outros investimentos.

Hoje, os investidores conheceram o relatório sobre a economia dos EUA, que indicou um crescimento no terceiro trimestre de 2,1%, em termos anualizados.

Esta percentagem foi inferior à que os analistas esperavam, mas indica que a economia permaneceu sólida naquele trimestre.

A questão agora é a de saber se a tendência se mantém no último trimestre do ano.

Contudo, a informação económica hoje conhecida não permite antecipar qualquer mudança na política monetária seguida pela Fed, que, no jargão dos economistas, é designada como 'falcão', em referência à sua agressividade, por oposição a uma política 'pomba'.

"Continua o jogo da espera", disse o chefe modelo de construção de carteira de investimento do Morgan Stanley Global Investment Office, Mike Loewengart.

"Até que haja uma rutura clara com este padrão, os investidores vão viver com uma Fed 'falcão', com taxas de juro elevadas durante um período longo e, provavelmente, adicional volatilidade de mercado", antecipou.

A ameaça de encerramento dos serviços governamentais federais, por força do impasse orçamental no Congresso, é outro dos grandes problemas com que os investidores bolsistas se confrontam.

Leia Também: Wall Street segue em terreno misto e obrigações continuam a subir

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