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Wall Street fecha em baixa e agrava tendência medíocre de setembro

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa acentuada, agravando um mês de setembro medíocre, com a tendência descendente a colocar as ações no nível em que estavam em junho.

Wall Street fecha em baixa e agrava tendência medíocre de setembro
Notícias ao Minuto

23:12 - 26/09/23 por Lusa

Economia Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice alargado S&P500 recuou 1,5%, na que foi a sua quinta descida em seis sessões, o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,1% e o tecnológico Nasdaq baixou 1,6%.

No que vai do mês, o S&P500, que é o principal índice de referência da praça nova-iorquina, já desvalorizou 5,2%, o que coloca setembro como o pior mês do ano.

Em pano de fundo, está o entendimento de que a Reserva Federal (Fed) vai manter a sua taxa de juro de referência elevada durante muito tempo.

Esta leitura enviou os rendimentos obrigacionistas para os níveis mais elevados em mais de uma década, o que, em contrapartida, afetou as cotações das ações e prejudicou outros investimentos.

Um relatório sobre o estado da economia dos EUA mostrou que a confiança entre os consumidores é mais fraca do que os economistas anteciparam. Isto preocupou os investidores, uma vez que o consumo tem sido uma salvaguarda que impede a entrada da economia em recessão, há muito prevista

Um outro relatório evidenciou que as vendas de casas novas arrefeceram mais do que os economistas estavam à espera, enquanto um terceiro relatório indicou que a produção industrial nos Estados do Maryland, nas Virgínias e nas Carolinas podem manter-se depois de uma contração que dura há um ano.

Apesar de a construção e a indústria terem sentido o essencial do peso do aumento da taxa de juro por parte da Fed, a economia em geral aguentou-se o suficiente para suscitar preocupações quanto à existência de pressões altistas sobre os preços.

Isto levou a Fed, na semana passada, a avançar que provavelmente, no próximo ano, irá reduzir menos do que esperado a sua taxa de juro de referência. Esta taxa está no seu nível mais alto desde 2001.

Além da taxa de juro, os investidores confrontam-se com uma longa lista de outras preocupações. A mais imediata é a ameaça de um encerramento dos serviços federais -- o designado 'shutdown' --, pela persistência de um impasse no Congresso sobre o orçamento.

A praça nova-iorquina viveu conjunturas semelhantes no passado, com as ações a conhecerem evoluções turbulentas, recordou Lori Calvasina, estratega da RBC Capital Markets.

Nos 'shutdowns que ocorreram desde os anos 1970 e se prolongaram por 10 dias ou mais, o S&P500 caiu em média 10% nos três meses anteriores.

Mas a lista contém ainda os preços elevados do petróleo ou economias relevantes em dificuldade.

Leia Também: Wall Street negoceia em baixa no início da sessão

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