O diretor de Exploração e Produção da empresa, Joelson Mendes, disse durante uma apresentação para investidores que todas as informações solicitadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) já foram enviadas, depois de esta instituição ter negado as licenças.
"Os processos estão prontos do ponto de vista da Petrobras", disse o executivo, acrescentando que trocou mensagens com o Ibama até julho para "esclarecer as últimas dúvidas".
"Estamos muito confiantes de que ainda este ano podemos começar numa das duas bacias, fazendo um primeiro poço", disse, referindo-se ao potencial jazigo localizado em frente à foz e outro um pouco mais a sul.
A Petrobras planeia abrir 16 poços em cinco anos, com investimento de 3 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros), na área do Atlântico conhecida como margem equatorial, uma longa faixa de 2.200 quilómetros ao largo da costa norte do país.
Para tentar tirar as dúvidas dos ambientalistas, a petrolífera garante que o poço mais próximo da foz do Amazonas fica a 500 quilómetros dali e a 2.880 metros de profundidade.
Na sua recusa de emitir uma licença para a abertura dos poços de petróleo, o Ibama argumentou que havia "incoerências preocupantes de alta vulnerabilidade socioambiental para a operação segura na nova fronteira exploratória." Agora, o órgão analisa novas informações enviadas pela empresa, que insiste em obter a autorização.
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