"Maior erro que se pode ter no investimento é a 'ganância de ganhos'"

Um artigo de opinião assinado por Felipe Maia, da Oxigénio Financeiro.

Felipe Maia, da Oxigénio Financeiro

© Oxigénio Financeiro

Notícias ao Minuto
08/08/2023 09:10 ‧ 08/08/2023 por Notícias ao Minuto

Economia

artigo de opinião

"Investir sabiamente é essencial para garantir a segurança financeira e o crescimento do investimento que podem poder trazer estabilidade, conforto financeiro e rentabilidade.

Claro que nada é garantido quando falamos de mercados financeiros, já que são inúmeras as variáveis que influenciam o comportamento de cada ativo. Por isso, é importante construir um portfólio bem diversificado para maximizar oportunidades e principalmente mitigar os riscos.

O primeiro passo é definir qual o objetivo financeiro a conquistar. Esta definição ajudará a orientar as decisões de investimento e a escolha dos instrumentos financeiros mais adequados.

Após decidir os objetivos, é preciso entender a tolerância ao risco, para estabelecer a alocação de ativos mais adequada ao seu perfil de cada um. Famílias com maior tolerância ao risco podem se sentir mais confortáveis com uma maior exposição a ações, que têm maior potencial de retorno, mas também maior volatilidade.

Por outro lado, famílias mais avessas ao risco podem optar por uma alocação mais conservadora, com maior foco em títulos e fundos de investimento de menor risco.

É importante nunca esquecer que o maior erro que se pode ter numa tese de investimento é a 'ganância de ganhos', como por exemplo investir as poupanças em criptomoedas por esperar um retorno de 20% em menos de 6 meses. Se pode correr bem? Pode. Porém o custo da perda, não compensaria o potencial do ganho, simplesmente porque se investiu tudo o que se tinha. Essa seria uma estratégia considerada “Roleta Russa”. Uma única hipótese para 100% de sucesso.

Para se ter uma ideia do risco, em 2022, o Bitcoin teve um retorno negativo de 66%. O problema está em investir em criptomoedas? Não é esse o caso, mas sim o erro de concentrar todas as economias num único ativo e esperar um retorno muito alto em curtíssimo espaço de tempo.

Ao diversificar os investimentos em diferentes classes de ativos e regiões a nível global, o risco de perdas significativas é reduzido, pois a premissa subjacente da diversificação é que nem todos os ativos se comportam da mesma maneira em resposta a eventos económicos ou políticos.

Ao combinar ativos com diferentes níveis de correlação, é possível mitigar os riscos de um único evento afetar negativamente todo o portfólio.

A diversificação dos investimentos tem várias vantagens, como a redução do risco total do portfólio, pois quando diferentes ativos são combinados, seus movimentos de preço tendem a se equilibrar, evitando exposição excessiva a um único evento ou setor. Mesmo que um investimento sofra perdas, outros ativos podem compensar essas quedas, reduzindo o impacto geral no portfólio.

Existe também um maior potencial de retorno. Embora a diversificação seja projetada para minimizar riscos, ela também oferece oportunidades para obter retornos mais estáveis e consistentes ao longo do tempo.

A diversificação permite que os investidores se adaptem a mudanças no ambiente de investimento sem a necessidade de reajustar todo o portfólio. É possível ajustar a alocação de ativos de acordo com as perspetivas econômicas e mudanças nas condições do mercado.

Por último, a diversificação ajuda a evitar decisões precipitadas baseadas em emoções. Se um investimento individual sofrer perdas, um portfólio diversificado pode evitar que o investidor tome decisões impulsivas movidas pelo medo ou pela ganância."

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