Desta forma, as taxas estão agora numa faixa entre 5,25% e 5,5%, superando os níveis de 2007 e o nível mais elevado desde janeiro de 2002.
Hoje, o Comité Federal de Mercado Aberto (Federal Open Market Committee, FOMC) da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) decidiu retomar a trajetória de aperto da sua política monetária após a pausa adotada na reunião de junho, depois de dez subidas consecutivas das taxas, alargando para onze os aumentos do preço do dinheiro realizados desde o início da sequência, em março de 2022.
"O Comité continuará a avaliar informações adicionais e as suas implicações para a política monetária. Ao determinar o grau de aperto adicional da política que pode ser apropriado para trazer a inflação de volta a 2% ao longo do tempo, o Comité levará em consideração o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com que a política monetária afeta a atividade económica e a inflação e o desenvolvimento de fatores económicos e financeiros", disse o banco central.
A subida de um quarto de ponto em julho, antecipada pelo mercado, deixa os investidores à espera das possíveis pistas que o presidente da Fed, Jerome Powell, poderá dar na conferência de imprensa que dará após o anúncio da decisão do Comité e perante os sinais de desinflação que os dados macroeconómicos começam a mostrar.
Este novo aumento fará subir as taxas de juro dos empréstimos contraídos pelas famílias e pelas empresas.
No entanto, a política monetária da Fed está a dar frutos, já que a inflação desceu em junho para o nível mais baixo desde março de 2021, para 3,00% em termos homólogos, de acordo com o índice IPC. Mas ainda está muito acima do objetivo de 2%.
E a inflação subjacente, ou seja, excluindo os preços dos produtos alimentares e da energia, continua a ser de 4,8% em termos homólogos. Os preços das casas, em particular, continuam a subir.
A próxima reunião de política monetária da Fed realiza-se em 19 e 20 de setembro.
[Notícia atualizada às 19h36]
Leia Também: Euro sobe antes das decisões da Fed e do BCE sobre juros