Fed desliga o 'botão' da pausa e volta a subir juros na próxima reunião

A pausa acabou para a Reserva Federal norte-americana, que deverá retomar esta semana a subida das taxas de juro, com o objetivo de controlar a inflação, preveem os analistas.

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© Reuters

Lusa
24/07/2023 15:58 ‧ 24/07/2023 por Lusa

Economia

Fed

Na última reunião, em junho, a Reserva Federal norte-americana (Fed) manteve o intervalo de taxa de juro de referência, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizou, entretanto, que o caminho ainda não tinha terminado e se vislumbravam novas subidas no horizonte.

É com essa expectativa que analistas e os mercados aguardam a decisão da reunião do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) da Fed, que arranca esta terça-feira e termina na quarta-feira, com uma conferência de imprensa do presidente do banco central norte-americano.

"Se tivesse de apostar, diria que vão aumentar as taxas em 25 pontos base", disse à AFP Joseph Gagnon, economista do Peterson Institute for International Economics (PIIE) e que trabalhou na Fed e no Tesouro norte-americano.

Do lado do mercado, a opinião é quase unânime, na avaliação do CME Group.

Gregory Daco, economista-chefe da EY Parthenon, também antecipa um aumento de 25 pontos base, naquela que considera que será a última subida: "Provavelmente irá marcar o fim de um ciclo histórico de aperto".

No entanto, acredita que Jerome Powell irá evitar ser demasiado assertivo sobre o assunto, porque, acredita, "a última coisa que os responsáveis [da Fed] querem é que os mercados comecem a apostar" em "cortes rápidos das taxas em 2024, o que levaria a condições financeiras mais flexíveis e riscos ascendentes da procura e inflação".

Depois de dez subidas consecutivas, a Fed decidiu fazer uma pausa na subida da taxa de juro de referência, que se mantém no intervalo entre cinco e 5,25%.

Contudo, o presidente da Reserva Federal tem vindo a insistir nas últimas semanas que ainda se podem esperar pelo menos duas subidas adicionais das taxas de juro antes do final do ano.

Joseph Gagnon acredita que as subidas podem ir mais além.

"A economia está tão forte, o mercado de trabalho está tão forte, a inflação baixou, mas ainda está muito longe da meta e está a abrandar muito mais lentamente do previsto", antecipa.

No Fórum anual do Banco Central Europeu (BCE), em junho, Jerome Powell atirou para 2025 a estimativa de atingir a meta de 2% da inflação 'core' (subjacente) que tem orientado a política monetária americana.

"Se olharmos para as estimativas da inflação, temos dito consistentemente que vai levar muito tempo" a descer para níveis desejados, defendeu.

O FOMC reviu, em junho, em ligeira baixa, a previsão de inflação para os EUA em 2023, de 3,3% para 3,2%, e em alta acentuada a do crescimento do Produto Interno Bruto, dos 0,4% avançados em março para 1%.

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