CR7 tentou comprar Cofina com a Media Capital antes de se juntar ao MBO
O leilão pelo controlo da empresa está a aumentar de tom, com uma escalada de acusações mútuas entre Mário Ferreira e o antigo diretor do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro.
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Economia Cofina
O presidente da Media Capital, Mário Ferreira, fez várias revelações sobre os interesses na Cofina Media, esta segunda-feira, numa entrevista dada ao Eco, depois de ter sido alvo de duras críticas por parte do antigo diretor do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, que é também um dos promotores do Management Buy Out (MBO), que conta com o apoio de Cristiano Ronaldo e de atuais acionistas do grupo para comprar o grupo.
O empresário, dono da TVI e da Douro Azul, começou por revelar que a primeira escolha de Cristiano Ronaldo foi a Media Capital e, na impossibilidade de avançar com uma proposta em conjunto com esta, o futebolista juntou-se, então, ao MBO.
"Na sequência do grupo Cofina ter sido colocado à venda, e quando manifestámos pela primeira vez o nosso interesse na aquisição, o Cristiano Ronaldo contactou-nos no sentido de juntar-se a nós num consórcio com vista a essa aquisição. Na altura, visto já termos a operação montada com o acordo de todos os sócios atuais, fomos obrigados, com muita pena nossa, a declinar essa hipótese", afirmou, acrescentando, que a MBO foi a "segunda escolha" do jogador de futebol.
"Tendo o Cristiano Ronaldo surgido como parte importante de uma outra proposta, que foi uma sua segunda escolha, e dado os contactos mantidos já anteriormente, pareceu-nos, até em termos éticos, correto dar-lhe essa hipótese. Além de que poderia ser para ele bem mais aliciante integrar uma proposta mais abrangente e ampla, como esta que culminará com a óbvia interligação da Media Capital com os meios que são propriedade da Cofina", atirou, rejeitando a ideia de que foi em "desespero", como acusou Octávio Ribeiro, que a Media Capital contactou Cristiano Ronaldo, após saber que este se tinha juntado ao MBO.
"Quando qualquer grupo se coloca em posição de venda, é natural surgirem vários interessados. E rotular de "desespero" em quem, perante uma oportunidade – surgida, não procurada, realce-se! – é um disparate e um erro de avaliação, próprio de quem tem certamente pouca experiência de gestão e de negócios, e não de quem quer, como eu, acrescentar valor", referiu o empresário, acrescentando que "é muito preocupante ver que os interesses dos pequenos acionistas não estão a ser acautelados, pois parece prevalecer o interesse de alguns, como por exemplo o ex-funcionário [Octávio Ribeiro], num bom negócio, sem concorrência, e é preocupante ver alguns administradores envolvidos".
Sublinhe-se que a Cofina, em comunicado ao regulador dos mercados, confirmou que Cristiano Ronaldo integra a proposta para a compra da empresa de media, através de uma sociedade veículo com outros investidores denominada Expressão Livre.
A sociedade vai ser detida, direta ou indiretamente, por Luis Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Cristiano Ronaldo, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira.
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