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FAO inicia distribuição de emergência de sementes a agricultores no Sudão

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou hoje uma campanha de emergência de distribuição de sementes para os agricultores afetados pelo conflito no Sudão, desencadeado em 15 de abril.

FAO inicia distribuição de emergência de sementes a agricultores no Sudão
Notícias ao Minuto

14:40 - 13/07/23 por Lusa

Economia FAO

"Esta é uma resposta à urgência da atual época de produção das principais culturas (junho-outubro de 2023) no país (...) A FAO planeia alcançar e ajudar mais de um milhão de agricultores vulneráveis e as suas famílias (5 milhões de pessoas)", segundo um comunicado da agência da ONU.

Um total de 10 mil toneladas de sementes de sorgo, painço, amendoim e gergelim serão distribuídas para plantação em 17 estados, detalhou a FAO.

A distribuição de sementes permitirá aos agricultores vulneráveis "plantar e produzir alimentos suficientes (até 03 milhões de toneladas de cereais) entre novembro e dezembro de 2023 para cobrir as necessidades de cereais de 13 a 19 milhões de pessoas", segundo a agência das Nações Unidas.

"A necessidade de um apoio agrícola rápido no Sudão é primordial. Embora haja muito trabalho pela frente, estamos totalmente empenhados em aproveitar a oportunidade desta época crucial de plantação e os nossos esforços no terreno continuam diariamente", disse o representante da FAO no Sudão, Hongjie Yang, citado na nota.

Segundo o responsável, o objetivo é "ultrapassar os complexos desafios logísticos e de segurança para continuar a fazer chegar esta ajuda urgente aos agricultores do país".

Até à data, a FAO entregou 3,3 toneladas de sementes em oito estados (Nilo Azul, Gedarif, Kassala, Sennar, Nilo Branco, Mar Vermelho, Cordofão do Sul, Cordofão do Norte) e iniciou a distribuição aos agricultores.

O Sudão depende em grande parte da sua atividade agrícola, que foi gravemente afetada pelo conflito que começou a desenhar-se em 15 de abril, com o início dos confrontos entre o exército regular, liderado pelo "homem forte" do país, general Abdel Fattah al-Burhan, e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), comandado pelo também general Mohamed Hamdane Daglo

Os confrontos mataram mais de 3.000 pessoas e feriram mais de 6.000 outras, revelou no mês passado na televisão o ministro da Saúde, Haitham Mohammed Ibrahim.

Todavia, segundo médicos e ativistas, o número de vítimas é provavelmente muito superior.

Leia Também: Qu Dongyu reeleito diretor-geral da FAO até 2027

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