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Inflação deve continuar "alta" e está a tornar-se "mais persistente"

Lagarde considera que o "processo de inflação se tornou mais persistente".

Inflação deve continuar "alta" e está a tornar-se "mais persistente"
Notícias ao Minuto

09:09 - 27/06/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Lagarde

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse esta terça-feira que a inflação ainda é "muito alta", assim deverá permanecer e que a natureza da mesma está a mudar. Além disso, considera que se tornou "mais persistente". 

"A inflação da zona do euro é muito alta e deve permanecer assim por muito tempo. Contudo, a natureza do desafio da inflação da zona do euro está a mudar", disse a presidente do BCE, em Sintra.

Lagarde considera que o "processo de inflação se tornou mais persistente" e explicou que isso implica a postura política do BCE. Contudo, deixou claro que a sua intenção "não é sinalizar decisões futuras, mas sim enquadrar as questões que a política monetária enfrentará no próximo período". 

A presidente do BCE considera que a "segunda fase" do processo inflacionista "está a fortalecer-se", apontando para a recuperação salarial.  

Taxas de juro vão continuar a aumentar

Lagarde adiantou que o trabalho do BCE ainda não está concluído e que "salvo uma mudança significativa nas perspectivas, continuaremos a aumentar as taxas em julho". Contudo, a presidente do BCE admite que ainda não é visível o "impacto total dos aumentos acumulados" que o banco central tem vindo a fazer. 

"Nestas condições, é pouco provável que num futuro próximo o banco central possa afirmar com total confiança que foram atingidas as taxas máximas. É por isso que a nossa política precisa de ser decidida reunião a reunião e deve permanecer dependente dos dados", concluiu.

Christine Lagarde explicou que existem duas fontes de incerteza que afetam o "nível" e a "duração" das taxas diretoras.

Por um lado, a incerteza quanto à persistência da inflação leva a que o nível em que as taxas atingirão um máximo dependerá da situação.

"Dependerá de como a economia e várias das forças que descrevi evoluem com o tempo. Além disso, terá de ser continuamente reavaliado ao longo do tempo", afirmou.

Por outro lado, existe incerteza acerca da força da transmissão da política monetária.

"O quão forte a transmissão se revelar na prática determinará o efeito de um dado aumento das taxas sobre a inflação e isso refletir-se-á na trajetória esperada da política monetária", salientou.

Lagarde recorda que parte desta incerteza reside no facto da zona euro não ter atravessado uma fase sustentada de aumentos das taxas de juro desde meados da década de 2000 e as taxas nunca terem subido tão rapidamente.

"Precisamos que as taxas atinjam níveis 'suficientemente restritivos' para fixar a restritividade da nossa política monetária", salientou, acrescentando que é necessário comunicar claramente que permanecerão "nesses níveis enquanto for necessário".

"Tal assegurará que os aumentos das taxas não suscitam expectativas de uma inversão demasiado rápida da política monetária e permitirá a concretização do impacto total das nossas medidas anteriores", disse.

No primeiro dia de debate do fórum anual organizado pelo banco central e que reúne banqueiros centrais, académicos, especialista da área financeira e decisores políticos, Lagarde garantiu que a intenção do discurso de hoje "não é sinalizar quaisquer decisões futuras, mas enquadrar as questões que a política monetária enfrentará no futuro próximo".

"Alcançamos progressos significativos, mas, confrontados com um processo inflacionista mais persistente, não podemos vacilar, nem ainda declarar vitória", vincou.

[Notícia atualizada às 10h32]

Leia Também: Bolsas europeias a subir à espera da intervenção da presidente do BCE

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