Número de ligações aéreas China - EUA continua reduzida a 6% de 2019
O número de ligações aéreas entre China e Estados Unidos corresponde atualmente a seis por cento do volume de 2019, apesar de Pequim ter abolido as restrições implementadas durante a pandemia, divulgou hoje uma organização do setor.
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Economia China - EUA
"Apesar de a procura justificar a abertura de mais voos, existem dificuldades nas conversações bilaterais" para retomar as ligações, admitiu o vice-presidente para o Norte da Ásia da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), Xie Xingquan, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
Atualmente há 24 voos semanais entre os dois países, observou Xie.
A Rússia encerrou o espaço aéreo às companhias de 36 países, tornando mais longas e dispendiosas as ligações entre a Ásia e a América do Norte e a Europa.
No entanto, as companhias aéreas chinesas continuam a ter acesso ao espaço aéreo russo, uma vantagem que é vista com desconfiança pelas companhias aéreas dos EUA, segundo o SCMP.
Xie destacou "factores geopolíticos" entre os motivos que tornam a retomada dos voos entre as duas potências um "assunto delicado".
O gestor disse ainda que as companhias aéreas chinesas estão a ter "dificuldades" em restabelecer as suas ligações com o resto do mundo, por terem perdido os espaços que lhes era reservado nos aeroportos internacionais, em resultado do encerramento quase total das fronteiras do país asiático ao longo de quase três anos, no âmbito da estratégia 'zero covid', que foi desmantelada em dezembro passado.
Segundo a Administração de Aviação Civil da China, os voos de e para a China transportaram 2,2 milhões de passageiros, no primeiro trimestre de 2023, valor que representa 12,4% do volume registado no mesmo período de 2019.
O setor da aviação chinesa perdeu 217,440 milhões de yuan (28,640 milhões de euros), em 2022, devido ao impacto das restrições impostas para suprimir surtos de covid-19.
As companhias aéreas chinesas e estrangeiras estão a retomar gradualmente as rotas que ligavam a China ao resto do mundo antes da pandemia, durante a qual o país asiático limitou o seu tráfego aéreo internacional a menos de 2% do existente em 2019.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.
Nos últimos meses as tensões foram renovadas por questões como o derrube em território norte-americano de um balão da China alegadamente usado para fins de espionagem, a posição de Pequim sobre a guerra na Ucrânia e a possível proibição nos EUA da aplicação de vídeo TikTok, desenvolvida pela empresa chinesa ByteDance.
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