Número de brasileiros incapaz de pagar dívidas cresce com alta dos juros

Quatro em cada dez adultos brasileiros têm dívidas em atraso, disse a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), numa altura em que a taxa de juros está em 13,75% para tentar controlar a inflação.

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Lusa
29/05/2023 04:42 ‧ 29/05/2023 por Lusa

Economia

Brasil

Segundo dados da CNDL, as dívidas em atraso aumentaram 18,4% em abril em comparação com igual mês do ano passado, enquanto o número de brasileiros com dívidas em atraso também cresceu 8%, com a maioria a falhar pagamentos aos bancos.

A situação é ainda pior entre os idosos, com o número de brasileiros com mais de 60 anos que não consegue pagar as dívidas a subir quase 35% em abril, em comparação com os níveis registados antes do início da pandemia, segundo dados da empresa de análise de dados Serasa Experian, publicados pelo jornal Estado de São Paulo.

A dívida das famílias brasileiras está há meses a rondar níveis históricos, de acordo com dados do Banco Central do Brasil (BCB), que em 03 de maio decidiu manter a taxa de juro de referência em 13,75%.

Após nove meses e uma dúzia de aumentos para tentar aliviar as pressões nos preços, a inflação caiu para cerca de 4% em meados deste mês, longe do pico de 12% atingido no ano passado.

O elevado custo do crédito está também a afetar as empresas, que têm sentido dificuldades para obter empréstimos ou emitir títulos de dívida, num cenário de aumento das falências de empresas.

Os analistas estão a apostar numa queda gradual das taxas de juro a partir de agosto, após o presidente do BCB, Roberto Campos Neto, ter dito que há "vários sinais positivos à frente" na evolução da inflação.

Campos Neto disse que a atividade económica está a acalmar a nível mundial, com os custos das matérias-primas e da energia em queda, e com um impacto "melhor do que o esperado" das medidas para acalmar os preços da eletricidade e dos alimentos.

Ainda assim, os analistas acreditam que a subida dos preços ao consumidor deverá voltar a acelerar até dezembro e que a inflação deverá manter-se acima de 10% até 2025, muito longe da meta de 3% fixada pelo BCB.

Leia Também: Biden admite concessões em acordo da dívida, mas mantém prioridades

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