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"Se TAP fosse minha, esperava". O que disse Humberto Pedrosa em 5 pontos

Da saída de Alexandra Reis à venda da TAP, fique a par dos pontos essenciais da audição de Humberto Pedrosa.

"Se TAP fosse minha, esperava". O que disse Humberto Pedrosa em 5 pontos
Notícias ao Minuto

08:30 - 10/05/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Humberto Pedrosa

Humberto Pedrosa, que saiu no final de 2021 da estrutura acionista da TAP, após cinco anos de participação através do consórcio Atlantic Gateway, foi ouvido na terça-feira na comissão parlamentar de inquérito à companhia aérea. Falou sobre a saída de Alexandra Reis, sobre a intervenção do Estado em 2020 e, ainda, sobre a venda da empresa.   

O Notícias ao Minuto reuniu, em cinco pontos, os pontos essenciais da audição de Humberto Pedrosa. Saiba o que disse aos deputados. 

1. Alexandra Reis? É "grande profissional" e saída poderia ter sido evitada

O ex-acionista da TAP Humberto Pedrosa considerou Alexandra Reis uma "grande profissional", motivo pelo qual terá sido convidada para a NAV e Governo, defendendo que o problema poderia ter sido resolvido regressando para o cargo de diretora.

"Eu não a conhecia. Quem fez a seleção foi o David [filho de Humberto Pedrosa]. Desempenhou com grande sucesso o papel de centralizar as compras, coisa que não era fácil na TAP", explicou.

2. Sem "intervenção do Estado" em 2020 "a TAP acabava"

Humberto Pedrosa disse que sem a intervenção do Estado, em 2020, a companhia aérea acabava, mas considerou que a forma poderia ter sido outra, através de prestações acessórias e não em capital.

"Na realidade, não havia outra solução, senão a intervenção do Estado português na TAP. Esses fundos eram essenciais, ou o Estado intervinha e colocava os fundos necessários na TAP ou a TAP acabava e acho que foi uma boa opção", considerou Humberto Pedrosa, na comissão parlamentar de inquérito à companhia aérea, questionado pelo deputado social-democrata Paulo Moniz.

O empresário considerou, no entanto, que a intervenção poderia ter sido através de prestações acessórias, e não em capital, ou mesmo uma opção mista. Humberto Pedrosa rejeitou a ideia de ter sido "escorraçado" da TAP, porque, "na realidade, chegou a um ponto de não haver condições para poder continuar".

Se calhar, neste momento, não era o momento para vender a TAP. Se a TAP fosse minha, eu esperava por melhor oportunidade

3. Pedrosa só soube de fundos Airbus "mais tarde"

O ex-acionista da TAP disse hoje que só "mais tarde" teve conhecimento dos fundos Airbus, explicando que a negociação foi feita por David Neeleman, que para a capitalização da companhia "teve um empréstimo" da fabricante de aeronaves.

4. TAP "é uma boa companhia", mas precisa de ter uma boa gestão

Humberto Pedrosa disse que a empresa "é uma boa companhia" aérea, mas precisa de uma boa gestão, apontando que, antes da pandemia, foi avaliada em até 1.000 milhões de euros.

"Acredito na TAP, é uma boa companhia, uma grande marca, [...] precisa é de ter uma boa gestão", afirmou Humberto Pedrosa, na comissão parlamentar de inquérito à TAP, onde se congratulou por ter contribuído para a recuperação de uma companhia aérea que encontrou "sem saldo de caixa e pagamentos em atraso, em risco de não poder pagar salários".

Humberto Pedrosa disse que, em 2019, antes da pandemia que afetou severamente o setor da aviação, a TAP foi avaliada entre 800 milhões de euros e 1.000 milhões.

5. Venda? "Se TAP fosse minha, esperava por melhor oportunidade"
  
Por fim, o ex-acionista considerou que este não é o melhor momento para vender a companhia aérea e que, caso a empresa fosse sua, esperaria por "melhor oportunidade" para o fazer, mas nunca à Iberia.

"Se calhar, neste momento, não era o momento para vender a TAP. Se a TAP fosse minha, eu esperava por melhor oportunidade", respondeu.

Para Humberto Pedrosa, "tem que haver muito cuidado com a venda" da empresa, considerando que os critérios não podem ser apenas pelo valor.

"Mesmo que a Iberia pagasse melhor do que a Lufthansa, eu acho que deveríamos optar por uma Lufthansa ou por outra companhia, nunca pela Iberia", defendeu, considerando que há o risco do hub de Lisboa passar para Madrid.

Leia Também: Brasil "viabilizou sobrevivência da TAP" durante 15 anos

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