Trabalhadores do Mais Sindicato iniciam hoje greve de dois dias
Os trabalhadores do Mais Sindicato, que incluem os funcionários do SAMS, iniciam hoje uma greve de dois dias convocada pelo Sitese, que exige melhores salários e um processo negocial justo e adequado.
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Economia Greve
"Os trabalhadores do Mais Sindicato há já alguns anos que não veem os seus salários revistos", disse à Lusa Ana Rita Pires, do Sitese - Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços, que acrescenta que há "trabalhadores com 30 anos de casa que ganham perto do salário mínimo nacional".
O Síntese acusa o Mais Sindicato de ter uma posição de "enorme desvalorização relativamente às reivindicações dos trabalhadores".
Numa nota de imprensa divulgada sobre a greve, o Sitese regista que os trabalhadores estão "tristes com o desprezo pelas suas preocupações".
O Sitese garantiu que "o Mais Sindicato tem adotado" há muito tempo "práticas de total desrespeito pelos trabalhadores e ORT [organizações representativas dos trabalhadores], apesar de todos os esforços feitos por estas para encontrar soluções consensuais".
O sindicato apontou a "falta de pagamento do trabalho suplementar de muitos trabalhadores", a "prática de atos discriminatórios, designadamente em sede de premiações", a "ausência de aumentos salariais há mais de 10 anos", a "tentativa de obstaculização da atividade sindical", o "incumprimento reiterado de compromissos com os sindicatos" e "ataques inaceitáveis aos direitos de parentalidade".
Por isso, destacaram, e por considerarem que "os trabalhadores merecem mais respeito e esperam, desde janeiro, por aumentos salariais condignos adequados ao agravamento do custo de vida", decidiram emitir um aviso prévio de greve, abrangendo todos os trabalhadores do Mais Sindicato das 00:00 horas do dia 19 de abril às 24:00 horas do dia 20 de abril.
No passado dia 05 de abril, contactado pela Lusa, o Mais Sindicato assinalou que as negociações estavam a decorrer e admitiu que "todas as greves podem ter perturbações".
Na ocasião, o Mais Sindicato contava com 1.359 trabalhadores.
O SAMS, gerido pelo Mais Sindicato, é um subsistema privado de saúde, está espalhado por todo o país e inclui o Hospital SAMS, o Centro Clínico de Lisboa, 17 clínicas pelo país, serviço de ótica, parafarmácia e um lar de idosos, de acordo com informação no seu 'site'.
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