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TAP. Saída de Alexandra Reis tratada como "aspeto operacional"

A diretora da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) considerou hoje que Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes trataram da saída de Alexandra Reis da TAP como se fosse matéria operacional, erradamente, para estabelecer paz social na administração.

TAP. Saída de Alexandra Reis tratada como "aspeto operacional"
Notícias ao Minuto

22:01 - 29/03/23 por Lusa

Economia TAP

"Por parte dos responsáveis políticos a prioridade foi estabelecer quase uma paz social", afirmou Carla Reis Santos, na comissão de inquérito à TAP, referindo-se às diferenças de opinião entre a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener e Alexandra Reis. "Daí terem quase anuído 'ok, a engenheira Alexandra Reis sai', o aspeto foi tratado mais como um aspeto operacional, que não era", acrescentou.

Para a diretora da IGF, isto "se calhar também explica as comunicações informais às Finanças e toda a solução desastrosa encontrada para a saída da engenheira Alexandra Reis", realçando que se trata de uma perceção "quase pessoal", que sai das audições feitas pela IGF.

Adicionalmente, vincou a responsável, o ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e o ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, que se demitiram na sequência da polémica indemnização de meio milhão de euros, tinham sido informados pela presidente executiva da TAP que o enquadramento jurídico para o acordo com Alexandra Reis estava salvaguardado por duas sociedades de advogados de topo.

Questionado sobre a prestação de declarações falsas por parte de Hugo Mendes, que pediu para prestar esclarecimentos adicionais à IGF, o inspetor-geral, António Ferreira dos Santos, considerou tratar-se de "um evoluir de pensamento" e não falsos depoimentos.

O Governo anunciou a exoneração da presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener,a e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, em 06 de março, depois de anunciados os resultados de uma auditoria da (IGF), que concluiu que o acordo para a saída de Alexandra Reis é nulo e grande parte da indemnização de perto de meio de milhão de euros terá de ser devolvida.

A polémica começou no final de dezembro, altura em que o Correio da Manhã noticiou que a então secretária de Estado do Tesouro tinha recebido uma indemnização de cerca de 500.000 euros para sair dois anos antes do previsto da administração da empresa.

O processo foi negociado ao abrigo do código das sociedades comerciais, quando a TAP está abrangida pelo estatuto do gestor público.

O caso motivou uma remodelação no Governo, incluindo a saída do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Leia Também: TAP. "Há efetivamente renúncia" de Alexandra Reis "um pouco encapotada"

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