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Setor privado pede a Lula reformas para "reindustrializar" Brasil

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil pediu hoje ao Governo de Luiz Inácio Lula da Silva que adote medidas para promover a "reindustrialização" do país.

Setor privado pede a Lula reformas para "reindustrializar" Brasil
Notícias ao Minuto

20:51 - 28/03/23 por Lusa

Economia Brasil

Para promover este processo, de acordo com um documento apresentado pela CNI ao Congresso Nacional, o Governo brasileiro deveria começar com uma dúzia de iniciativas que o setor privado considera "uma prioridade".

A primeira é uma profunda reforma fiscal destinada a reduzir a elevada carga fiscal, que é estimada em cerca de 40%.

Os industriais pedem também um novo quadro jurídico para as pequenas e médias empresas, regulamentação do mercado do crédito de carbono, modernização do setor elétrico e aceleração do processo de aprovação de licenças ambientais para projetos de desenvolvimento económico, entre outras medidas.

O presidente da CNI, Robson Andrade afirmou, ao apresentar o documento, que "o país precisa de uma economia de baixo carbono" que "contribua para o desenvolvimento a longo prazo", mas também melhore a sua "produtividade e a competitividade das suas exportações".

Neste contexto, salientou a importância de uma reforma fiscal que "derrube os obstáculos impostos pelo elevado 'custo Brasil'" e que a "responsabilidade fiscal" deve ser mantida, a fim de gerar "um bom ambiente macroeconómico".

Todas as reivindicações dos industriais estão na agenda de Lula da Silva, mas ainda não apresentou planos concretos nem delineou o quadro das reformas que irá propor na esfera económica.

O Ministério das Finanças está a trabalhar num projeto de reforma constitucional que irá propor a modificação de regras rígidas em vigor desde 2016, que limitam o aumento da despesa pública anual à taxa de inflação do ano anterior.

Segundo o Governo brasileiro, este mecanismo congela o investimento público e impede o Estado de agir como "promotor" do processo económico, um papel que Lula da Silva pretende recuperar para alavancar o crescimento.

O Ministério das Finanças está também a organizar uma reforma fiscal sobre a qual pouco se sabe ainda e que prometeu submeter ao parlamento antes de meados deste ano.

Na terça-feira, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, referiu-se a esta reforma. Num evento com milhares de autarcas em Brasília, "XXIV Marcha, A Brasília em Defesa dos Municípios", organizado pela Confederação Nacional de Municípios, descreveu o atual sistema fiscal, composto por impostos federais, regionais e municipais, como "caótico" e "injusto".

Segundo Alckmin, a reforma fiscal deveria ter em conta as "realidades locais" de um país de 215 milhões de habitantes como o Brasil e o rendimento 'per capita' de cada estado e município.

"Tem de ser uma reforma que promova a eficiência económica" e permita aos municípios "cobrar mais e melhor", mas de acordo com as suas próprias realidades e com o objetivo de promover o desenvolvimento "com justiça social", frisou.

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