No comunicado divulgado após uma reunião de dois dias, a Fed indicou que a recente crise que afeta os bancos é "suscetível de pressionar a atividade económica, o emprego e a inflação", mas considerou que "a dimensão desses efeitos ainda é incerta".
O banco central reafirmou que "o sistema bancário norte-americano é sólido e resiliente" e disse que o seu comité de política monetária vai continuar "atento aos riscos de inflação".
A principal taxa de juro da Fed fica agora entre 4,75% e 5%, no nível mais alto desde 2006 e a instituição prevê outros aumentos.
A Fed atualizou também as previsões económicas que tinha divulgado em dezembro.
A inflação para 2023 foi revista em alta de 3,5% para 3,6% e para 2024 as previsões apontam para 2,6% em vez de 2,5%.
Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) os números foram revistos ligeiramente em baixa. A Fed antecipa agora um crescimento de 0,4% este ano, em vez de 0,5% e para o próximo ano prevê 1,2% em vez de 1,6%.
O presidente da Fed, Jerome Powell, vai explicar as decisões do banco central norte-americano em conferência de imprensa.
Esta reunião da Fed ocorre depois do colapso dos bancos regionais norte-americanos Silicon Valley Bank (SVB), Signature Bank e Silvergate, o que criou uma vaga de inquietação. Governos, bancos centrais e reguladores tiveram de intervir para tentar restabelecer a confiança e evitar o contágio.
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