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Extremadura. "Profundo agradecimento" a "ponte entre Espanha e Portugal"

O presidente do governo da região espanhola da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, expressou esta segunda-feira "o mais profundo agradecimento" ao empresário português Rui Nabeiro, que morreu no domingo e que considerou uma "ponte entre Espanha e Portugal".

Extremadura. "Profundo agradecimento" a "ponte entre Espanha e Portugal"
Notícias ao Minuto

20:36 - 20/03/23 por Lusa

Economia Rui Nabeiro

"Foi um homem cujos sonhos e projetos são o melhor dos exemplos que representa a união entre dois territórios", afirmou Guillermo Fernández Vara.

"Teremos dele sempre a melhor das recordações e [para ele] o mais profundo dos agradecimentos", acrescentou, referindo-se a Rui Nabeiro, que morreu no domingo, aos 91 anos.

O empresário Rui Nabeiro, fundador da Delta Cafés, nasceu e viveu em Campo Maior, no distrito de Portalegre, junto à fronteira com Espanha e a região da Extremadura.

O presidente da Junta da Extremadura (o governo regional) falava na cerimónia de entrega do II Prémio Muñoz-Torrero para os Valores Democráticos e Constitucionais, atribuído por uma fundação da região a Portugal.

O prémio foi atribuído pela Fundação Muñoz-Torrero, que tem o nome de um sacerdote nascido em Cabeza del Buey (província de Badajoz) e que foi um dos pais da primeira Constituição Espanhola, de 1812.

Esta foi a segunda edição do Prémio Muñoz-Torrero e o patronato da fundação atribuiu-o por unanimidade "à nação portuguesa", como "homenagem à aprovação da primeira Carta Magna lusa [de 1822] no seu 200.º aniversário e como reconhecimento da sua defesa da liberdade e dos direitos individuais", segundo uma nota desta entidade.

A presidente da fundação e da autarquia de Cabeza del Buey, Ana Belén Valls, citada na mesma nota, acrescentou que Portugal foi "lugar de encontro e de refúgio em tempos convulsos de políticos espanhóis, acolhendo só em 1826 mais de 1.500 políticos liberais que foram cruzando por diferentes pontos da raia", a fronteira entre os dois países.

A decisão da fundação foi já tomada e anunciada em outubro passado, mas só hoje foi entregue formalmente o prémio a Portugal, através do embaixador português em Espanha, João Mira-Gomes, numa cerimónia em Cabeza del Buey, município que fica a cerca de 200 quilómetros de Badajoz e da fronteira com Portugal.

Citado pela agência e notícias espanhola Europa Press, o embaixador português afirmou que as constituições atuais de Portugal e Espanha são "profundamente humanistas" e destacou as boas relações bilaterais, como demonstram os "tratados exemplares" assinados pelos dois países ao longo da História.

Por outro lado, considerou que a Constituição espanhola de 1812 "teve um papel fundamental na história" por causa das influências nas então colónias de Espanha, que a seguir se tornaram independentes, assim como nos modelos constitucionais de Portugal e Itália, entre outros países.

Já o presidente da Junta da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, também citado pela Europa Press, considerou que a fraternidade entre Espanha e Portugal tem sido fundamental para o progresso dos dois países.

Guillermo Fernández Vara lembrou que Portugal e Espanha alcançaram quase em simultânea a democracia, que lhes permitiu elaborar constituições "graças à generosidade de uma geração de espanhóis e de portugueses que decidiram unir-se e garantir anos de progresso e paz" aos respetivos países.

Leia Também: Antigos ministros destacam dimensão humana e social de Rui Nabeiro

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