Frente Comum acusa Governo de impor "medidas de empobrecimento"

A Frente Comum alertou hoje que a greve da Administração Pública está a afetar todos os setores, de norte a sul do país, e é um reflexo das reivindicações dos trabalhadores, acusando o Governo de impor "medidas de empobrecimento".

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Lusa
17/03/2023 15:54 ‧ 17/03/2023 por Lusa

Economia

Frente Comum

"Estamos à espera que o Governo caia do pedestal da maioria absoluta que o leva impor medidas de empobrecimento ao país e, neste caso concreto, aos trabalhadores da Administração Pública, e que se sente à mesa (...) a negociar a resposta ao aumento do custo de vida", disse à Lusa o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.

Sebastião Santana falava à margem de uma iniciativa da Frente Comum e da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), junto à Escola Básica Marquesa de Alorna, em Lisboa.

Sobre à adesão à greve, o dirigente sindical garantiu ser difícil antecipar percentagens.

"Não temos interesse nenhum entrar na batalha de números, em que nós dizemos que é superior a 80% - e é seguramente - para o Governo vir dizer a seguir que são 20%. O que é da nossa constatação, e qualquer português pode constatar, é que hoje na administração pública é difícil encontrar um serviço que esteja a funcionar em pleno e, portanto, é uma enorme greve dos trabalhadores da administração pública", observou.

Também a secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses --- Intersindical Nacional (CGTP-IN), Isabel Camarinha, disse que a greve é reveladora do descontentamento dos trabalhadores e da "falta de respostas".

"Não é inevitável esta situação que estamos a viver, porque há todas as condições para haver um aumento geral dos salários e das pensões, para combater este brutal aumento do custo de vida com o controlo de preços para taxar os lucros de milhares de milhões de euros que as grandes e grupos económicos nesta situação estão a ter. Portanto, há todas as condições para mudar", sustentou.

Para sábado está prevista a realização de uma manifestação nacional, em Lisboa, promovida pela CGTP, pelo aumento geral dos salários e das pensões face à subida do custo de vida.

Os trabalhadores da administração pública estão hoje em greve nacional por aumentos salariais imediatos face à subida do custo de vida.

Os efeitos da greve começaram a sentir-se na noite de quinta-feira, nos hospitais e na recolha do lixo, uma vez que a paralisação teve início nos turnos destes trabalhadores.

Hoje, a greve está a afetar serviços da educação, saúde, finanças, segurança social e autarquias, mas também áreas com menor visibilidade por não terem atendimento ao público, como centros de processamento ou serviços centrais.

Leia Também: Greve encerra escolas e deixa hospitais quase parados no Algarve

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