Pires de Lima quer colocar a China no 'top 5' das exportações
O ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu hoje que Portugal devia ter a ambição de colocar a China no 'top 5' dos destinos das exportações portuguesas.
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Pires de Lima falava no almoço-conferência "A China na rota das exportações portuguesas", uma iniciativa da Câmara do Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), que decorreu hoje, em Lisboa.
"Genuinamente, devíamos ter ambição de trabalhar em parceria com autoridades chinesas e colocar a China no 'top 5' dos nossos mercados de destino das exportações", afirmou o governante.
Pires de Lima destacou a visita de Estado que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, realizou este mês à China, na qual participou.
Para o ministro, a visita à China do Presidente da República "foi um marco muito importante" para Portugal, tendo em conta os contactos estabelecidos.
Pires de Lima destacou que a China é um mercado de oportunidades, à beira de se tornar a maior economia mundial e sublinhou que as exportações portuguesas para aquele mercado têm vindo a crescer.
"Se se mantiver esta trajetória [de crescimento], talvez em 2014 se superem os 1.000 milhões de euros de exportações para a China", reiterou o ministro.
Pires de Lima abordou ainda o andamento da economia portuguesa, que tem mostrado sinais positivos.
"Superámos a fase mais complexa do ajustamento", disse, sublinhando que é preciso baixar a taxa de desemprego em Portugal.
"O futuro é feito de esperança muito sustentada nos sinais que a economia, isto é, as empresas, nos vão dando todos os dias", disse.
"Creio que os sinais que vamos sentido na nossa economia, independentemente de uma ou outra notícia menos positiva e que maldosamente é aproveitada por aqueles que parece às vezes que não desejam o crescimento e a melhoria das condições de vida dos portugueses", são "de um modo geral positivos", disse
No entanto, "não justificam nenhum tipo de euforia", já que "vale a pena sempre relembrar que não existe nenhuma economia de sucesso com uma taxa de desemprego de 15,1%", apontou.
Apesar disso, há "sinais positivos", disse, destacando o papel das empresas e dos empresários na recuperação da economia portuguesa.
"Às vezes temos dificuldade em elogiar aquilo que fazemos bem em Portugal, não são só o Cristiano Ronaldo e a seleção" portuguesa de futebol "que merecem elogios, são também as empresas, empresários, gestores e trabalhadores", apontou o ministro.
Por sua vez, o embaixador da República Popular da China, Huang Songfu, disse que a visita de Cavaco Silva se traduziu num "grande sucesso".
Apontou que durante a visita, nas reuniões das comissões mistas entre o vice-primeiro-ministro e o ministro da Economia com os seus homólogos chineses, foram abordados temas como os investimentos em portos, energias renováveis ou no setor agroalimentar.
As relações entre Portugal e China estão num "novo auge", disse o embaixador, apontando o investimento das empresas privadas chinesas Wuhan Zhongye (moldes) e Zhejiang Huadong (chapas de aço) que iniciaram a construção de duas fábricas no norte de Portugal.
O embaixador desejou que Portugal tenha um novo desenvolvimento económico e social "e o povo português uma vida mais feliz".
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