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Falência do SVB? "Ainda não se percebeu se existe risco de contágio"

Analistas dizem que ainda não é possível "medir o impacto da falência do SVB" na Europa. Contudo, o presidente do Eurogrupo assegura que "não há exposição direta" do sistema bancário europeu, mas diz que o colapso é "um lembrete".

Falência do SVB? "Ainda não se percebeu se existe risco de contágio"
Notícias ao Minuto

08:18 - 14/03/23 por Beatriz Vasconcelos

Economia Banca

São realidades distintas. Esta é a mensagem que as autoridades na Europa tentam passar depois do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, que também encerrou posteriormente. Os analistas consideram, contudo, que ainda não se percebeu se há (ou não) risco de contágio. 

"Até ao momento ainda não é possível medir o impacto da falência do SVB e Signature Bank na Europa, uma vez que ainda não se percebeu se existe de facto o risco de contágio nos bancos. Neste momento, sabemos apenas que a Fed e a Secretária do Tesouro nos EUA, Janet Yellen garantiram os depósitos dos clientes do SVB", explicaram os analistas da XTB Henrique Tomé e Vítor Madeira, num comentário enviado ao Notícias ao Minuto.

Em Portugal, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) disse que a situação que levou ao colapso de dois bancos norte-americanos nos últimos dias "não tem não tem paralelo no funcionamento do sistema bancário português", pelo que não é "extrapolável". 

Também o ministro das Finanças, Fernando Medina, garantiu que o sistema bancário europeu não é comparável aos dos EUA, sendo "mais robusto" e com "regras mais apertadas".

"Em Portugal, as ações do BCP estão a cair [na sessão de segunda-feira] cerca de 7%, em linha com o comportamento dos restantes bancos europeus. Embora o core business do SVB seja diferente do BCP, a fragilidade na banca poderá, de facto, ser um tema para os próximos tempos", consideram os analistas da XTB. 

Subida dos juros vai abrandar? 

Henrique Tomé e Vítor Madeira lembram que foi a "subida dos juros nos EUA contribuiu para a atual situação, pelo que poderá fazer com que os decisores de política monetária nos EUA comecem a ponderar abrandar ou até mesmo parar a subida dos juros".

"As atuais circunstâncias poderão também fazer com que o BCE [Banco Central Europeu] pondere e esteja atento a eventuais riscos na banca devido à subida abrupta dos juros ao longo dos últimos meses", acrescentam os analistas.

Sobre este ponto, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, disse que "não há exposição direta" do sistema bancário europeu à falência do SVB, mas acrescentou que o colapso do banco californiano é "um lembrete" para a necessidade de garantir a resiliência dos bancos.

No seguimento do colapso dos dois bancos norte-americanos, a Reserva Federal dos EUA anunciou que disponibilizará "financiamento adicional" aos bancos norte-americanos para ajudar a garantir que as instituições tenham capacidade para satisfazer as necessidades "de todos os seus depositantes".

Na segunda-feira, o HSBC, o maior banco europeu, comprou a filial do SVB no Reino Unido depois do seu colapso na semana passada, através de um resgate privado facilitado pelo governo britânico e pelo Banco de Inglaterra.

Leia Também: Zona Euro sem exposição direta mas colapso do SVB é "lembrete"

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