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Protesto na Ecco contra "má fé" e retaliação por denúncias sindicais

Os 42 trabalhadores que a fabricante de calçado Ecco quer despedir vão reunir-se segunda-feira à porta dessa unidade de Santa Maria da Feira, em protesto contra "má-fé" em "retaliação" contra denúncias de assédio laboral, anunciou hoje fonte sindical.

Protesto na Ecco contra "má fé" e retaliação por denúncias sindicais
Notícias ao Minuto

21:51 - 10/03/23 por Lusa

Economia Ecco

Segundo explicou à Lusa a dirigente da delegação de Aveiro do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (SNPIC), a multinacional dinamarquesa não está a agir corretamente porque pretende rescindir apenas com operários do departamento de conceção de amostras quando devia analisar todos os recursos humanos da fábrica e dispensar antes os de menor antiguidade na generalidade da casa.

"Como a empresa não está a optar por esse caminho, o entender do sindicato é que [a Ecco]  selecionou apenas os trabalhadores da secção de amostras e desenvolvimento porque quer incluir neste despedimento a delegada e dirigente sindical Susana Bastos, como forma de retaliação pelas recentes denúncias que essa fez publicamente, a pedido dos seus colegas de trabalho, acerca da existência de práticas de assédio laboral na unidade", declara Fernanda Moreira.

A concentração marcada para as 10:00 de segunda-feira visa também analisar os termos da compensação proposta pela formalmente designada "Ecco´let Portugal, sendo que o SNPIC prevê que a decisão coletiva seja no sentido de "majorar a indemnização de cada trabalhador para 1,4 do seu salário".

Essa reivindicação tem por base o histórico da empresa, que, segundo Fernanda Moreira, até aqui "sempre tinha optado por negociar rescisões individuais" em vez de avançar para uma demissão coletiva, e sustenta-se também no argumento de que "bastava a Ecco deixar de recorrer a prestadores de serviços externos e internacionais para que este despedimento não fosse eventualmente necessário".

Contactada pela Lusa ao início da noite, a direção da Ecco negou as acusações do SNPIC, mas remeteu para segunda-feira uma posição mais detalhada sobre o assunto.

Fundada em 1963 na cidade dinamarquesa de Bredebro, atualmente a Ecco também tem produção em Portugal, Eslováquia, China, Indonésia, Vietname e Tailândia. Segundo dados institucionais da própria empresa, entre fábricas de calçado, tanoarias e lojas, a marca está representada em 60 países.

Leia Também: Agricultores nas ruas de Beja em protesto contra políticas do Governo

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