Carris Metropolitana continua a recrutar para cumprir oferta prevista

As transportadoras da Carris Metropolitana não estão a cumprir a oferta prevista de autocarros, admitiu hoje a gestora da marca à Lusa, mas assegura que têm estado a recrutar novos motoristas para realizar os serviços contratados.

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Lusa
09/03/2023 12:44 ‧ 09/03/2023 por Lusa

Economia

Carris

Gerida pela empresa pública Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), a Carris Metropolitana é a marca comum de autocarros da Área Metropolitana de Lisboa (AML), operada por quatro transportadoras privadas.

A Transportes Sul do Tejo e a Alsa Todi são os operadores na margem sul do rio Tejo, no distrito de Setúbal, serviços que começaram no verão de 2022, enquanto a Viação Alvorada e a Rodoviária de Lisboa trabalham nos concelhos da AML no distrito de Lisboa desde janeiro de 2023.

Quando a Carris Metropolitana arrancou no distrito de Setúbal, a operação foi alvo de fortes críticas por parte de municípios, sindicatos e utilizadores por problemas no funcionamento das linhas, devido sobretudo à falta de motoristas, mas o mesmo problema tem sido relatado em Lisboa.

Numa resposta escrita a questões colocadas pela agência Lusa, a TML começou por afirmar que "os operadores que prestam o serviço à Carris Metropolitana têm estado a recrutar e a colocar em operação as pessoas necessárias para assegurar a operação contratada".

No entanto, "neste momento, ainda não alcançámos os 100% para fazer face às necessidades geradas pelo aumento de oferta e de serviço trazido pela Carris Metropolitana", admitiu, na mesma nota, a empresa.

Questionados pela Lusa desde janeiro, os sindicatos do setor e os municípios de Oeiras, Loures, Vila Franca de Xira e Odivelas indicam faltar motoristas na Carris Metropolitana, fator que tem levado à supressão de autocarros.

Sobre este ponto, a TML vincou que a contratação de motoristas é um "processo complexo e demorado", pois "tem sido necessário recrutar pessoas fora de Portugal por não existirem motoristas de passageiros em número suficiente no nosso país", sem detalhar o número de profissionais novos.

"Além de complexo, será sempre um processo contínuo, já que é uma profissão com alguma rotatividade", lê-se na nota, em que a empresa realçou ainda uma "cada vez maior normalização" da operação da Carris Metropolitana, visto que "as pessoas já se começam a habituar à nova numeração".

Embora se verifiquem constrangimentos devido à falta de motoristas, os municípios do distrito de Lisboa contactados pela Lusa elogiam a operação da Carris Metropolitana, que, em comparação com os anteriores serviços, trouxe mais horários e carreiras, assim como a renovação da frota de autocarros, referem.

Na margem sul, autarcas e utentes têm reconhecido melhorias graduais, enquanto as câmaras municipais da margem norte da AML frisam que estão em curso ajustamentos no serviço recente de autocarros.

Leia Também: Municípios de Lisboa elogiam Carris Metropolitana mas dizem faltar motoristas

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