Nos últimos dias têm surgido nas redes sociais várias publicações onde são comparados os preços cobrados pela Vodafone em Portugal e em Espanha. Estas partilhas têm gerado polémica, já que mostram que, alegadamente, os clientes espanhóis têm melhores condições por um preço mais reduzido. Porém, a Vodafone explicou ao Notícias ao Minuto que cada país onde opera tem "características próprias", que afetam os preços. 

"Cada um dos 20 países em que a Vodafone opera diretamente tem características próprias, que influenciam a definição de preços aos seus clientes nacionais, nomeadamente as resultantes de fatores externos e da própria escala de cada operador/país", disse fonte oficial da Vodafone ao Notícias ao Minuto. 

Num dos exemplos que circula nas redes sociais, um utilizador questiona: "Por que é que 1GB [Gigabyte] de dados móveis é mais caro que 50GB em Espanha?".

Alguma explicação por que é que 1GB de dados móveis é mais caro que 50GB em Espanha @VodafonePT? pic.twitter.com/YggiX0hiHp

— Bruno B. (@brunomb86) March 7, 2023

Vou só deixar esta comparação aqui.
Mesma operadora, tarifários pré-pagos.
Portugal vs Espanha.
É isto. pic.twitter.com/gZl4RAsddD

— Pedro Fernandes ‍ (@DJ_PRMF) March 7, 2023

Confrontada com este exemplo, fonte oficial da Vodafone Portugal disse ao Notícias ao Minuto que "se a comparação envolver todos os mercados onde a Vodafone está presente ou mesmo no caso de se restringir apenas ao espaço europeu, facilmente é possível constatar uma conclusão diferente daquela que é seletiva e tendenciosamente referida neste exemplo".

"Acresce referir que as ofertas são dinâmicas e complexas pelo que as comparações de preços entre mercados carecem de uma análise rigorosa – nomeadamente excluindo fatores temporários de redução de preços, avaliando a totalidade das características dos tarifários, a representatividade dos mesmos no mercado em causa, entre outras", adiantou a mesma fonte. 

Os preços da Vodafone em Portugal aumentaram no início de março. A operadora de telecomunicações justificou, na altura, que a "atualização foi calculada com referência à taxa de inflação, baseada no Índice de Preços no Consumidor referente ao ano 2022 e publicado em cada ano pelo Instituto Nacional de Estatística". 

Acrescentou ainda que o "setor das telecomunicações tem sido fortemente afetado pelo atual contexto macroeconómico e geopolítico, do qual resultaram aumentos significativos nos preços da energia e das matérias-primas", facto que, "associado à subida da taxa de inflação, resulta em aumentos expressivos nos custos operacionais e de manutenção e gestão da rede de suporte à prestação dos nossos serviços".

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