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Chairman da TAP assume que "conselho jurídico teve erros"

"Esta saída, que tentei, sem sucesso, evitar, reflete problemas de governança na empresa. No entanto, foi aprovada pelo acionista, nesta matéria representado pela tutela setorial", esclarece Manuel Beja, numa mensagem partilhada no Linkedin.

Chairman da TAP assume que "conselho jurídico teve erros"
Notícias ao Minuto

21:48 - 06/03/23 por Notícias ao Minuto

Economia Alexandra Reis

O chairman demitido da TAP, Manuel Beja, aponta que é "claro" que "o conselho jurídico recebido e executado de boa-fé teve erros", apesar da tentativa de evitar a saída de Alexandra Reis.

"Esta saída, que tentei, sem sucesso, evitar, reflete problemas de governança na empresa. No entanto, foi aprovada pelo acionista, nesta matéria representado pela tutela setorial", esclarece, numa mensagem partilha no Linkedin.

Manuel Beja começa por explicar que "a partir do momento em que essa indicação foi dada pelo representante do acionista, numa matéria que é da exclusiva responsabilidade deste, entendi que tinha responsabilidade fiduciária, como presidente do conselho de administração, de dar-lhe sequência, tendo presente a racionalidade económica apresentada e a legalidade confirmada pela sociedade de advogados contratada para o efeito, através da presidente da Comissão Executiva".

No entanto, o antigo chairman realça que manteve o silêncio "por dever institucional" e que o presente comunicado apenas acontece perante "os desenvolvimentos conhecidos" que o levam "a tomar uma posição pública sobre a saída da TAP da ex-administradora Alexandra Reis".

Segundo a instrução da tutela, Manuel Beja elabora "que cumpriu o dever de lealdade na implementação de uma decisão (a composição do CA) que é legitimamente tomada pelo acionista".

Não tendo ainda analisado o relatório, deixa "uma palavra de profundo agradecimento e reconhecimento a todos os logo meus colegas, trabalhadores da TAP e membros dos órgãos sociais, cujo esforço e dedicação têm permitido tornar a empresa mais sustentável, e logo, com mais futuro".

O Governo exonerou o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, na sequência do relatório da IGF sobre a saída de Alexandra Reis da companhia, anunciou o ministro das Finanças.

Fernando Medina, que, esta segunda-feira, falou em Lisboa, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro das infraestruturas, João Galamba, disse ainda que "não haverá lugar a pagamento de indemnizações" aos administradores de saída.

João Galamba disse ainda que não irá sair toda a Comissão Executiva da TAP atualmente em funções.

"Enfrentando de frente os problemas como fazemos e de forma completa, tenho a plena confiança de que a TAP prosseguirá com sucesso o caminho da sua sustentabilidade futura que passará pela privatização de uma parte do seu capital", disse ainda.

Em dezembro passado, Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tendo então estalado a polémica sobre a indemnização que recebeu quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado (500 mil euros).

Numa declaração escrita enviada à Lusa, nesse mês, Alexandra Reis disse que o acordo de cessação de funções "como administradora das empresas do universo TAP" e a revogação do seu "contrato de trabalho com a TAP S.A., ambas solicitadas pela TAP, bem como a sua comunicação pública, foi acordado entre as equipas jurídicas de ambas as partes, mandatadas para garantirem a adoção das melhores práticas e o estrito cumprimento de todos os preceitos legais".

Leia Também: Governo exonera presidente do Conselho de Administração e CEO da TAP

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