Revisão da prestação da casa? Prepare-se para pagar mais - veja exemplos

Se tem um contrato de crédito à habitação com taxa variável e revisão em março, saiba que a prestação vai voltar a subir.

Notícia

© Shutterstock

Notícias ao Minuto com Lusa
03/03/2023 07:57 ‧ 03/03/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Crédito à habitação

A mensalidade do seu empréstimo é revista este mês? As notícias não são animadoras, já que a prestação da casa paga ao banco volta a subir em março nos contratos a taxa variável, sendo esperado um aumento de 185 euros no prazo a seis meses face à última revisão, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Exemplos

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses - a mais usada nos contratos de crédito à habitação em Portugal - e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, passa a pagar a partir de março 727,85 euros, o que significa uma subida de 185,57 euros face à última revisão em setembro.

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 685,34 euros, mais 67 euros do que em dezembro.

Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de fevereiro de 3,135% a seis meses e de 2,640% a três meses.

Já nos empréstimos indexados à Euribor a 12 meses, a prestação da casa - para um empréstimo nas condições referidas - será de 763,06 euros a partir do próximo mês, um agravamento de 303,33 euros face ao que pagava desde março de 2022.

Neste caso, o valor foi calculado tendo em conta a média da Euribor a 12 meses em fevereiro e que foi de 3,534%.

Euribor sobem 'à boleia' das taxas de juro

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

Após vários anos em terreno negativo, as Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro.

De então para cá, o BCE já aumentou as taxas diretoras por cinco vezes, o que significa um agravamento do valor que os clientes pagam pelos créditos, desde logo pelos empréstimos à habitação, o que tem deixado muitas famílias em dificuldades.

Perante o agravamento do custo com os créditos à habitação, o Governo aprovou um diploma (para vigorar até final de 2023) que enquadra as condições em que os bancos devem propor aos clientes uma renegociação do crédito de forma a evitar situações de incumprimento. Milhares de clientes já estão em processo de renegociação dos créditos, segundo informações dos principais bancos.

Leia Também: Lagarde sugere que aumento das taxas de juro não acaba em março


  

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas