Num comunicado hoje divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol dá conta de uma nota da Oi informando que na quarta-feira, após o fecho de mercado e em conjunto com suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance B.V. e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A, "ajuizou [...] pedido de recuperação judicial perante a 7.ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em caráter de urgência e 'ad referendum' da assembleia-geral da companhia".
Segundo refere, a companhia e as suas subsidiárias têm vindo a negociar com os credores "a potencial repactuação de dívidas financeiras, fortalecimento da sua estrutura de capital e otimização da sua liquidez e perfil de endividamento", mas "essas negociações continuam em andamento".
Assim, face ao final próximo dos efeitos da tutela cautelar de urgência concedida no início de fevereiro pelo tribunal e à "necessidade de manutenção da proteção legal contra potenciais execuções de credores", a Oi considera que "o pedido de recuperação judicial se demonstrou a medida mais adequada para a companhia e suas subsidiárias neste momento".
"O ajuizamento do pedido de recuperação judicial é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo da companhia e das suas subsidiárias, e a companhia reafirma que continuará mantendo regularmente as suas atividades, buscando a conquista de novos clientes, a operação e manutenção das suas redes e serviços, o atendimento de sua base de usuários, a contínua busca de eficiência e otimização de suas operações, sempre buscando evitar quaisquer prejuízos, descontinuidade ou intercorrência na prestação de seus serviços", sustenta.
De acordo com a empresa, "toda a força de trabalho da Oi manterá normalmente a sua atuação, com as suas atividades comerciais, operacionais e administrativas", mantendo a companhia "o foco nos investimentos em projetos estruturantes que visem a promover melhoria de qualidade na prestação dos seus serviços e nos desenvolvimentos estratégicos que permitam a permanente evolução da sua atuação como importante ator do mercado brasileiro de telecomunicações e tecnologia da informação".
O pedido de recuperação judicial agora formalizado será submetido à ratificação dos acionistas em Assembleia Geral da companhia, que, no comunicado, "reafirma a confiança que tem em sua capacidade operacional e comercial para que seja bem-sucedida na proposição e aprovação de um plano de recuperação".
Este novo processo de recuperação judicial da Oi acontece menos de três meses após a companhia e suas subsidiárias terem saído de um outro -- longo -- processo de recuperação judicial.
Leia Também: Dívida da EDP deve aumentar para 17.000 milhões de euros até 2026