Candidaturas para reprivatização mostram que Efacec é "apetecível"
O ministro da Economia, António Costa Silva, defendeu, esta sexta-feira, que as seis candidaturas apresentadas para a reprivatização da Efacec demonstram que a empresa "é apetecível", esperando concluir o processo "o mais depressa possível".

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Economia Efacec
"Eu penso que o interesse revelado mostra que a empresa é apetecível desse ponto de vista. Está a atravessar alguns problemas e nós vamos tentar resolver o mais depressa possível, em benefício do país, dos trabalhadores e, sobretudo, também da região norte e do seu tecido industrial", declarou António Costa Silva.
O governante, que falava à imprensa à margem de uma visita institucional ao bloco logístico da Mercadona em Almeirim, distrito de Santarém, escusou-se a avançar quem são os concorrentes, apontando que "está tudo a ser analisado".
Ainda assim, garantiu que o interesse manifestado "foi de acordo com o esperado".
"Dos sete concorrentes, temos seis que apresentaram propostas, portanto, dois em consórcio e vamos analisar agora, que é o que a Parpública está a fazer [...] e, quando eles tiverem o processo concluído, nos próximos dias, vão partilhar com o Governo e nós vamos a partir daí definir a ação que é necessária para ver se o processo é conduzido a bom porto", elencou António Costa Silva.
Questionado sobre prazos, o governante disse: "Para mim era para ontem, mas não sendo, é o mais depressa possível, porque é uma questão que queremos resolver".
"São 2.000 trabalhadores cujo futuro nos preocupa. É uma empresa tecnológica importante na área da energia, dos transformadores, da mobilidade, do armazenamento, muitas áreas em que tem tecnologia de ponta", adiantou o ministro da tutela.
A Parpública recebeu seis propostas vinculativas de entidades nacionais e estrangeiras à reprivatização da Efacec, seguindo-se, até à próxima semana, a avaliação das mesmas, anunciou a empresa na segunda-feira.
Decorre agora o prazo para avaliação destas propostas.
No dia 09 de fevereiro, o ministro da Economia e do Mar afirmou estar convicto de que as injeções que o Estado ainda terá de fazer na Efacec serão "muito limitadas" se a empresa for privatizada dentro de um mês ou dois.
"Acredito que se completarmos o processo dentro de um mês ou dois, as injeções que temos de fazer na empresa, sobretudo ao nível da tesouraria, vão ser muito limitadas", disse António Costa Silva.
O responsável estimou: "Nesta altura cifram-se em cerca de 165 milhões de euros, entre as injeções de capital para a tesouraria e as garantias que foram dadas", os encargos que o Estado já suportou com a Efacec.
O governante assegurou que o executivo está "a trabalhar para assegurar" a "transação" da Efacec, realçando que "o Estado não é um bom acionista" para a empresa.
Em dezembro, a Parpública disse ter recebido manifestações de interesse de oito candidatos, nacionais e internacionais, à reprivatização da Efacec.
O Governo tinha anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado "todas as condições necessárias" à concretização do acordo de alienação.
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