Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Direitos humanos. HSBC "cúmplice de violação" em Hong Kong, diz relatório

Bancos britânicos, em particular o HSBC, são "cúmplices da repressão dos direitos humanos dos cidadãos de Hong Kong" refugiados no Reino Unido, ao recusar-lhes acesso às suas pensões, denunciou hoje um relatório parlamentar britânico.

Direitos humanos. HSBC "cúmplice de violação" em Hong Kong, diz relatório
Notícias ao Minuto

15:31 - 08/02/23 por Lusa

Economia Reino Unido

"Os cidadãos de Hong Kong que fugiram para o Reino Unido (...) veem-lhes negado o que seria o seu legítimo acesso às suas pensões de reforma pelos bancos britânicos, incluindo o HSBC (Banco Global Britânico)", segundo um comunicado divulgado com o relatório, que denuncia igualmente o congelamento de bens de dissidentes políticos.

"Além de reprimir os manifestantes e os dissidentes políticos em Hong Kong, o Partido Comunista Chinês está também a tentar isolar financeiramente aqueles que recorreram ao Governo britânico para segurança e apoio", prossegue o comunicado.

Além do HSBC, cujos principais mercados são o Reino Unido e Hong Kong, os autores do relatório referem o banco Standard Chartered, que obtém a maior parte do seu lucro na Ásia.

"Esses bancos não podem continuar a agir com total impunidade, e o Governo britânico deve atuar para ajudar" os cidadãos de Hong Kong em causa, instou Alistair Carmichael, copresidente do grupo parlamentar sobre Hong Kong.

Londres tinha condenado a repressão dos dissidentes pela China na antiga colónia britânica, nomeadamente durante os gigantescos protestos pró-democracia de 2019.

De acordo com números oficiais, foram atribuídos a mais de 113.000 cidadãos de Hong Kong detidos em fim de maio do ano passado novos vistos para se instalarem no Reino Unido, o que abre caminho à aquisição da nacionalidade - um diploma criado em início de 2021 em resposta à lei de segurança nacional imposta por Pequim em junho de 2020 naquele território.

Os requerentes devem ser titulares de um passaporte britânico ultramarino (BNO, "British National Overseas"), emitido aos cidadãos de Hong Kong nascidos antes da transferência da colónia para a China, em 1997, ou que tenham pelo menos um dos pais titulares de um.

A China tinha anunciado que deixaria de reconhecer o passaporte BNO como documento legal e, segundo o relatório, o visto britânico dele resultante - que lhes permitiria aceder às suas pensões de aposentação - já não pode ser utilizado como comprovativo de saída permanente de Hong Kong.

O HSBC "está empenhado a longo prazo com Hong Kong, os seus habitantes e as suas comunidades. Foi lá que foi fundado, há quase 160 anos", reagiu o banco, citado pela agência de notícias francesa AFP.

"Mas, como todos os bancos, temos de obedecer à lei e às instruções dos reguladores de cada região onde operamos", acrescentou.

Contactado pela AFP, o banco Standard Chartered escusou-se a emitir qualquer comentário.

Leia Também: TotalEnergies quer eximir-se da decisão sobre projeto em Moçambique

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório