"Choque salarial precisa-se", diz antigo secretário de Estado

José Mendes considera que a remuneração mínima e média no país "têm de subir dramaticamente". 

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Notícias ao Minuto
07/02/2023 14:25 ‧ 07/02/2023 por Notícias ao Minuto

Economia

José Mendes

O antigo secretário de Estado do Planeamento José Mendes disse, esta terça-feira, que o país precisa de um "choque salarial", considerando que a remuneração mínima e média "têm de subir dramaticamente". 

"Da minha experiência de ter conhecido mais de 70 países e vivido em alguns deles, Portugal é ainda uma jóia, se considerados todos os aspetos da vida. Mas atenção: este oásis tem de ser para todos os portugueses, incluindo (e em especial) aqueles que ganham os ordenados mínimo ou médio. Esses mínimo e médio têm de subir dramaticamente e não adianta atirar a culpa apenas para o Estado e para os políticos", refere o antigo governante numa publicação partilhada na rede social Facebook. 

Fazê-lo, diz José Mendes, "são as desculpas mainstream usadas para esconder a medíocre gestão média das nossas empresas e a má atitude de muitos portugueses - empresários e empregados - face a um desígnio coletivo de prosperidade".

"Devemos começar o dia felizes pelo espetacular país que temos e assumir os nossos deveres na mesma medida dos nossos direitos. Por esta ordem. E, sim, precisamos de baixar a carga fiscal dos rendimentos do trabalho. Por muito que se grite com o IRC (que quase metade das empresas não paga), o que esmaga os portugueses e, por conseguinte, a dinâmica da economia (a procura!) é a carga fiscal sobre o trabalho. Não se pode ser 'rico' se se ganha 2000 euros. Já quase tudo foi tentado em Portugal, à exceção de um choque salarial", adianta o antigo secretário de Estado.

E questiona: "Quando teremos uma concertação social - Governo, patrões e sindicatos - com a coragem de o fazer? Então, aí sim, seríamos aquilo que a nossa História nos destinou". 

José Mendes foi secretário de Estado do Planeamento do XXII Governo Constitucional, secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade do XXI Governo Constitucional e, ainda, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente do XXI Governo Constitucional. 

Atualmente, desempenha as funções de presidente da Fundação Casais.

Leia Também: Em Bissau, funcionários dos correios têm 100 meses de salários em atraso

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