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Imobiliário? Antecipa-se uma contração nas vendas e travagem nos preços
Inquérito revela que os promotores imobiliários antecipam uma "contração nas vendas de habitação e a travagem na subida de preços para os próximos três meses".
© Shutterstock
Economia Imobiliário
Os promotores imobiliários antecipam uma contração nas vendas de habitação e uma travagem na subida dos preços nos próximos três meses, mas estão confiantes na capacidade do mercado residencial, de acordo com o inquérito Portuguese Investment Property Survey, conduzido pela Confidencial Imobiliário e pela Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) e divulgado esta terça-feira.
"Apesar de anteciparem uma contração nas vendas de habitação e a travagem na subida de preços para os próximos três meses, os promotores imobiliários continuam bastante confiantes na capacidade do mercado residencial", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
De acordo com o último inquérito, "o número de promotores com novos projetos em pipeline aumentou para 74%, uma fatia semelhante à dos inquiridos que diz estar ativamente à procura de terrenos para novos desenvolvimentos. Em qualquer dos casos, trata-se de um nível recorde em termos das intenções de investimento".
Contudo, num contexto de perda de poder de compra por parte das famílias portuguesas, os inquiridos revelam a "falta de procura como o último dos obstáculos à sua atividade".
"Com um índice de pressão de apenas 26% (numa escala de 0 a 100%), desde meados de 2021 que essa deixou de ser uma preocupação para estes agentes. A encabeçar as preocupações dos promotores continuam a estar os tempos de licenciamento, cujo índice de pressão atinge um recorde 97%", pode ler-se no mesmo comunicado.
Ainda assim, há a perspetiva de que o mercado irá abrandar no curto-prazo, "com as expetativas relativas à evolução das vendas no 1º trimestre de 2023 a posicionarem-se em -57 pontos".
"É o terceiro trimestre consecutivo em que este indicador está em terreno negativo, mas é a primeira vez, desde a pandemia que gera simultaneamente expetativas de travagem no crescimento dos preços, com um indicador em -2 pontos. Ou seja, a percentagem de promotores que apontam para uma descida de preços supera em 2% a dos que apontam para uma subida", pode ler-se.
Leia Também: CBRE prevê investimento a manter-se no patamar dos 3.000 milhões
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