Bruxelas espera que a ‘saída limpa à portuguesa’ corra bem, sem percalços, mas, avisa hoje fonte oficial da Comissão Europeia citada pelo Jornal de Negócios, caso isso não se verifique, há dois cenários possíveis, mas ambos com consequências muito diferentes para o país.
“Se algo correr mal, acho que podemos diferenciar duas possibilidades. Se Portugal continuar a aplicar medidas saudáveis e algo correr mal no ambiente externo, Portugal tem o direito de pedir uma linha de crédito cautelar”, esclarece a mesma fonte, sublinhando contudo que “se algo correr mal internamente e as medidas se tornarem menos saudáveis, teremos uma discussão mais difícil sobre um segundo programa e não seria cautelar”.
Apesar do alerta são, pelo menos por enquanto, “cenários hipotéticos” e Bruxelas acredita que “o Governo vai continuar a aplicar políticas saudáveis”.
As eleições europeias de 25 de maio podem aumentar o” risco político” no período pós-troika, mas a Comissão acredita que “a memória da crise não desapareceu” e que “trará alguma disciplina”, cita o Jornal de Negócios.
É, por isso, necessário que Portugal perceba que “tem de continuar as reformas” e que “os mercados podem não responder bem” a medidas “menos saudáveis”. Neste contexto, e reportando às europeias, “há limites àquilo que pode ser oferecido em promessas eleitorais”.