A TAP esclareceu, esta quarta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que os resultados de 2022 ainda estão "por determinar", sendo que os trabalhos em torno da demonstração financeira ainda estão a decorrer.

"Na presente data estão ainda em curso os trabalhos de elaboração das demonstrações financeiras e demais documentos de prestação de contas relativos ao exercício findo a 31 de dezembro de 2022", refere a TAP, num esclarecimento face às "notícias que têm vindo a circular em vários órgãos de comunicação social relativamente ao valor dos lucros" da companhia aérea. 

A TAP diz que, deste modo, "ainda se encontra na presente data por determinar o resultado do exercício de 2022". 

Assim, em resposta às notícias que têm sido divulgadas, a TAP adianta que estes "valores avançados", relativamente aos resultados de 2022, "não têm correspondência com as projeções existentes". 

Vários meios de comunicação social noticiaram que a TAP terá registado lucros superiores a 140 milhões de euros no ano passado. 

Acrescenta ainda que prevê que as contas anuais "estejam finalizadas em março de 2023, sendo que nesse momento a TAP assegurará a sua divulgação ao mercado através dos canais próprios, designadamente através do sistema de difusão de informação da CMVM e através do site da TAP". 

Na semana passada, recorde-se, a presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse que a empresa iria investir 48 milhões de euros em remunerações aos trabalhadores, "para alívio dos cortes salariais", tendo registado, no ano passado, uma "das maiores receitas da sua história". 

Christine Ourmières-Widener indicou que, "neste quadro tão complexo e com base nos dados já apurados", a TAP pode adiantar, apesar de só apresentar os resultados em março, que "teve no ano passado uma das maiores receitas da sua história, depois de no terceiro trimestre do ano já ter registado o seu melhor resultado trimestral de sempre".

A CEO da TAP defendeu que estes resultados são o reflexo não só de uma "maior procura de mercado", mas também de um "conjunto de medidas tomadas ao longo deste primeiro ano" do plano, incluindo "a otimização das receitas por voo, dos horários e frequências, do novo modelo de cobranças dinâmicas e de toda a reorganização da força comercial".

[Notícia atualizada às 15h15]

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