CPCI diz que novo aeroporto deve começar por decisão técnica

A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) lamentou hoje a espera "há 50 anos" por uma 'metodologia' sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, argumentando que tal metodologia devia ser primeiro técnica e, só depois, política.

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© ANA Aeroportos

Lusa
24/01/2023 15:51 ‧ 24/01/2023 por Lusa

Economia

Aeroporto

"Se se fizer da outra forma, se calhar, já tínhamos uma decisão", disse aos deputados o vice presidente da CPCI, Ricardo Gomes, numa audição para balanço da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"Deve-se começar, acima de tudo, por privilegiar a capacidade de congregar metodologias de decisão que sejam técnicas, antes de mais. Porque depois de elas serem técnicas, elas devem ser políticas. E, se há algo que, se calhar tem falhado em todo este processo, foi que algumas vezes invertemos a lógica das coisas", dando prioridade à política e não à técnica, afirmou Ricardo Gomes.

O representante da CPCI, no final de uma intervenção em que alertou para o "ponto baixo de execução" dos projetos mais relevantes do PRR com impacto na construção, defendeu a necessidade de, no que respeita a um novo aeroporto, ou qualquer infraestrutura considerada estratégia, de se chegar a uma decisão sobre uma infraestrutura "desta importância" e com esta necessidade.

Ricardo Gomes defendeu como "muito relevante" um aspeto que, disse, tem sido defendido pela confederação há muitos anos: "O de as infraestruturas consideradas estratégicas para o desenvolvimento de um país não serem matéria de natureza ideológica, de natureza partidária".

Na sua opinião, estas são decisões coletivas, que têm de ser pensadas porque o país entende haver essa necessidade.

Ricardo Gomes lamentou que, nos últimos 50 anos, não tenha sido construída uma metodologia que, antes de mais, seja técnica "e só no fim seja politica", para suportar decisões como a localização do novo aeroporto.

A comissão de acompanhamento da Comissão Técnica Independente, presidida por Carlos Mineiro Aires, tem em mãos o estudo de soluções para o novo aeroporto, estando cinco em cima da mesa.

Em apreciação estão a solução com o aeroporto Humberto Delgado como aeroporto principal e Montijo como complementar, uma segunda em que o Montijo adquire progressivamente o estatuto de principal e Humberto Delgado de complementar, uma terceira em que Alcochete substitui integralmente o aeroporto Humberto Delgado, uma quarta em que será este aeroporto o principal e Santarém o complementar e uma quinta em que Santarém substitui integralmente Humberto Delgado.

Leia Também: Carlos Moedas reitera desejo de ver Portela como "aeroporto secundário"

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